A Penitenciária Federal de Campo Grande recebeu, na terça-feira (27), seis acusados de liderar facções criminosas transferidos do Rio de Janeiro. Os presos estavam custodiados no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), na capital fluminense, e foram realocados por questões estratégicas de segurança.
São eles Rodrigo dos Santos (conhecido como Latrell), Alexandre Jorge do Nascimento (Jason), Alexandre Silva de Almeida, André Costa Barros (Boto), Luís Carlos Moraes de Souza (Monstrão) e Marcelo de Almeida Farias Sterque (Marcelinho Merindiba).
Para realizar a transferência, o governo do RJ montou uma grande operação envolvendo policiais federais, policiais penais, civis e militares. O grupo foi inicialmente transportado de Bangu em um helicóptero até o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, de onde embarcaram em um avião da PF com destino a Campo Grande.
Esses são os primeiros de 31 lideranças criminosas que serão retiradas de presídios do Rio de Janeiro e levadas para o sistema penitenciário federal em outros estados. O acordo para a transferência foi assinado na semana passada pelo governador Cláudio Castro e pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.
Os 25 presos que ainda serão transferidos ficarão custodiados em celas isoladas do presídio de Bangu I, no Complexo de Gericinó.
"Iniciamos hoje [terça-feira] a transferência das lideranças criminosas para presídios federais, fora do estado do Rio. São traficantes e milicianos com extensa ficha criminal, que insistiam em continuar comandando o crime de dentro do presídio. Nós vamos pôr um fim a essa cadeia de comando. Essa é mais uma ação que vai nos ajudar a combater o crime organizado", escreveu o governador Cláudio Castro em seu perfil na rede social Twitter.
De acordo com o governo fluminense, o pedido de transferência é resultado de investigações que mostraram que esses presos atuam, de dentro das cadeias, para desestabilizar a segurança pública no estado.
Ainda segundo o governo do Rio, desde que a autorização para as transferências foi concedida, um plano de contingência foi iniciado para impedir reações por parte das facções criminosas e milícias.
Com informações da Agência Brasil