Polícia Crime organizado
PF desmonta grupo paramilitar que agia a serviço do tráfico de drogas e armas na fronteira
Foram cumpridos 12 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão
30/06/2023 10h29 Atualizada há 1 ano
Por: WK Notícias
Equipamentos apreendidos pelos policiais. Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (30), a Operação Magnus Dominus, com o objetivo de desarticular organização criminosa paramilitar a serviço do tráfico internacional de drogas e armas entre o Brasil e o Paraguai, com atuação nas cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero/PY.

A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em complexa operação policial, com deflagração simultânea nos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A operação contou com mais de 100 Policiais Federais, das diversas delegacias envolvidas e ainda do Comando de Operações Táticas e da Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal, com o objetivo de desmantelar grupo paramilitar, do qual tem-se informações que alguns de seus membros são de elevada expertise operacional, com cursos nacionais e internacionais na área de segurança militar privada e atuação em guerras, além de seguranças militares privados de embarcações contra piratas da Somália, recrutados justamente pela sua experiência nesse tipo de serviço.

Durante as investigações, constatou-se que a organização detém grande poder bélico, com equipamentos de última geração como coletes balísticos, drones, óculos de visão noturna, granadas, e armamento de grosso calibre, a exemplo de fuzis .556, 762 e .50, este capaz de perfurar blindagens e abater aeronaves.

Para viabilizar o cumprimento simultâneo de medidas no Paraguai, foi implementada intensa cooperação policial direta com as autoridades paraguaias, contando também com a participação do Ministério Público Federal.

O nome da operação, Magnus Dominus – “o todo poderoso” em latim, faz alusão ao líder do grupo criminoso, o qual se auto intitulava como DOM, em referência a Dom Corleone, do clássico filme “O Poderoso Chefão”.