O delegado Marcel Druziani, titular do 11º Distrito Policial de São Paulo, disse, nesta segunda-feira (03), que a versão dada pela mãe de Isabela de que a filha de apenas 2 anos teria sido sequestrada é “confusa” e estranha”.

Em depoimento, Evanisa Vieira da Silva, de 35 anos, disse que estava no cruzamento das ruas Coronel Luís Barroso e Vera Cruz, na zona sul de São Paulo, quando dois homens desceram de um carro cinza e raptaram a filha dela.

“Ela deu dois endereços diferentes de onde teria ocorrido o fato. Próximos, mas diferentes”, afirmou o delegado.

“É uma história muito confusa. Muito estranha. Está muito no começo. É muito difícil de dar uma opinião. Tem que ter calma”, completou.

“É uma situação muito anômala. Não é o tipo de sequestro que a gente costuma ver”, explicou o policial.

Discussão sobre encontro

A versão de Evanisa também provocou estranhamento no advogado contratado pela família, Fabio Costa.

Ele afirma que a mulher teria dito que, no dia do crime, tinha ido “encontrar uma amiga”.

“Ela foi até esse local onde houve o sequestro porque, segundo ela, uma amiga ofereceu uma cesta básica para ela. Segundo a mãe, essa amiga estava junto no momento do crime. A primeira suspeita é essa, que essa amiga tenha tramado algo e levado ela para esse local”, diz o advogado.

“Eu falei para ela que essa história precisa ser mais bem explicada. Eu não consegui entender ainda. Ela vende bala em um determinado local. A 100 metros desse local tem o terminal que ela volta para casa. Nesse dia especificamente, ela foi até esse local que fica a cerca de 500 metros de onde ela vende bala”, completou.

Fábio Costa contou que o pai de Isabela, Gilson Santos Nascimento, estava questionando a mulher sobre esse encontro.

“Hoje, quando cheguei na residência, o pai estava tendo uma discussão acalorada com a mãe da Isabela. Ele estava questionando: ‘Por que você foi a esse lugar?'”.

A Polícia Civil investiga o caso.