Durante o programa Os Pingos nos Is da Jovem Pan, o jornalista Paulo Figueiredo, expôs três generais que estariam agindo contra ação mais contundente das Forças Armadas no que tange ao resultado das eleições: o comandante militar do Nordeste, general Richard Fernandez Nunes; o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva e o ex-comandante militar do Sul, Valério Stumpf Trindade.
As apurações do comentarista dão conta de que o general Richard tem um perfil mais acadêmico e que suas posições são consideradas “muito esquerda para o padrão do Exército brasileiro”.
O segundo general, Tomás Miguel, foi ajudante de ordem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por seis anos. Ele é tido no comando como quem mais entende de articulação política, além de ter um posicionamento progressista.
Já o general Stumpf, segundo fontes de Figueiredo, é amigo de infância e colega de colégio militar do ex-advogado-geral da União do governo Bolsonaro, José Levi Mello do Amaral Júnior. Ele era tido como alguém muito bem relacionado com o Supremo Tribunal Federal (STF), atuando como uma espécie de “defensor” das pautas da Corte perante o Planalto.
Atualmente, José Levi é secretário da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou seja, trabalha diretamente com o ministro Alexandre de Moraes.
"O secretário executivo do Alexandre de Moraes tem um brother no alto comando do Exército (…) Será que o Alexandre toma as decisões com tanta tranquilidade sabendo que não haverá reação?", indagou Paulo com ironia.
Leia, na íntegra, nota do Exército:
ESCLARECIMENTO SOBRE COMENTÁRIOS DE JORNALISTA
Nota de Esclarecimento
Em relação ao divulgado pelo comentarista Paulo Figueiredo Filho, nos dias 28 e 29 de novembro de 2022, o Comando do Exército repele as alegações que ferem a imagem da Instituição e de integrantes do seu Alto Comando.
Os militares da ativa, por definição legal e por compromisso com a Nação Brasileira, são apartidários em suas condutas, preservando os valores pertinentes à carreira das Armas. São servidores do Estado, cuja coesão em torno de suas missões constitucionais é reforçada, permanentemente, pela liderança de seus Comandantes nos diversos níveis hierárquicos.
Os Oficiais-Generais citados são homens honrados, profissionais dedicados e contam com todo o respeito, a amizade e admiração do Comandante do Exército e de seus pares. São militares ilibados e comprometidos com a ética profissional, comprovada ao longo de mais de 40 anos de profissão.
O Exército Brasileiro, por reconhecer a importância dos veículos de comunicação para a esfera pública nacional e para a cidadania, lamenta profundamente especulações que só se prestam para inocular a discórdia e que em nada contribuem para a resolução dos problemas vivenciados em nosso País.
Os comentários apresentados nas matérias não se fundamentam em informações oriundas do Comando do Exército, única esfera a qual cabe transmitir a palavra oficial da Força Terrestre.
Por fim, o Exército Brasileiro segue honrando o seu compromisso inabalável de garantir a Lei, a Ordem e a Paz Social, conforme os preceitos constitucionais, sempre pautado pelas mesmas tradições e valores, que permeiam de forma perene toda a sua História.
O respeito incondicional à Hierarquia, à Disciplina e à Cadeia de Comando é o farol que sempre orientou os rumos de nossa Instituição em todos os momentos de sua existência.
Vídeo de Paulo Figueiredo: