Uma cidade que se organiza para ser um decisivo hub logístico no continente, e um centro de distribuição de mercadorias que seja protagonista na América Latina, totalmente integrado economicamente, a países vizinhos do Brasil. Esse é o compromisso de futuro para Campo Grande, preparada hoje para ser "A Capital das Oportunidades", segundo a prefeita Adriane Lopes, que administra o município há pouco mais de um ano. Em agenda no Paraguai, recebida pelo presidente eleito Santiago Peña, ela reforçou a importância o papel estratégico da maior cidade de Mato Grosso do Sul na consolidação da RILA (Rota de Integração Latino Americana).
Estudiosa sobre a RILA, sigla para o traçado que ligará o Brasil a uma economia gigantesca de tempo e quilômetros no comércio pelo Oceano Pacífico, Adriane garante que Campo Grande seja o local ideal para a instalação de escritórios de negócios, centros de apoio e de logística para a operacionalização deste novo eixo de desenvolvimento. No encontro com o Peña, ela também enfatizou sobre a transformação que a cidade que administra passa para atender as empresas brasileiras e dos demais países, como o Paraguai, que se beneficiarão deste caminho para curso dos países asiáticos, grandes importadores de grãos, fibras, proteínas e minérios brasileiros.
“Minha atenção estará muito mais focada em departamentos [estados] que fazem limite com o Paraguai. E vou dedicar muito da minha atenção no processo de integração com estes países. Acredito que o maior projeto de integração seja a hidrovia. Vamos caminhar juntos nos próximos anos para que Campo Grande, Mato Grosso do Sul e Paraguai, tenham mais possibilidades comerciais. Já tenho inclusive um convite da Prefeita Adriane para, em breve, visitá-la", fala o presidente paraguaio, também otimista com os impactos da RILA.
Localizada na fronteira entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, uma ponte financiada pela diretoria paraguaia da Itaipu Binacional, permitirá que Mato Grosso do Sul acesse rodovias do país vizinho, podendo cruzar também a malha viária da Argentina e Chile, até os portos das cidades de Iquique e Antofagasta. O custo da obra, que terá 1.320 metros de comprimento, e 20 metros de largura, é estimado em US$ 85 milhões (R$ 419 milhões na cotação desta quinta-feira, 6 de julho). Com a RILA, Mato Grosso do Sul, hoje com 60% de suas exportações sendo feitas pelo Oceano Atlântico, poderá reduzir futuramente seu custo com logística para essas transações em até 40%, de acordo com estimativa da Conexão Contábil Centro-Oeste.
“Assumimos a primeira posição entre as capitais mostrando que somos a que mais avança na oferta e em políticas de promoção de oportunidades, e que estamos nos transformando em um polo de crescimento e de geração de novos negócios"
Adriane Lopes, prefeita de Campo Grande-MS