Frederick Wassef, advogado criminalista e alvo da operação Lucas 12:2 da PF (PolÍcia Federal), disse estar sendo vítima de uma “campanha de fake News e mentiras de todos os tipos”.
A PF aponta para o advogado da família Bolsonaro como um dos envolvidos no suposto esquema de venda de joias e presentes de alto valor recebido durante agendas oficiais.
Segundo a PF, Wassef teria comprado um relógio da marca Rolex para entregá-lo ao TCU (Tribunal de Contas da União). O objeto teria as mesmas características do relógio que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente durante uma agenda nos Emirados Árabes e que, posteriormente, Mauro Cid teria vendido.
Por decisão de Moraes, as diligências de busca e apreensão da sexta-feira (11), consta que o advogado teria recuperado o relógio no dia 14 de março. Wassef teria retornado ao Brasil com o Rolex no dia 29 do mesmo mês.
O documento diz que Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid, que retornou para Brasília (DF) na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Neste domingo (13), Wassef disse que só tomou conhecimento pela imprensa do suposto esquema de venda de joias recebidas em agendas oficiais.
“Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, profere em nota.
Ele declara ter sido “acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias”.
“A Polícia Federal efetuou busca em minha residência no Morumbi, em São Paulo, e não encontrou nada de irregular ou ilegal, não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro. Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias”, afirma Wassef.