Economia Juros
BC divulga que taxa de juros do rotativo do cartão de crédito sobe a 454% ao ano
Com a variação, o crédito rotativo aparece 50,8 pontos percentuais mais caro no acumulado dos últimos 12 meses
28/08/2023 08h07
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O BC (Banco Central) divulgou nesta segunda-feira (28) dados que revelam que a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito avançou 8,7 pontos percentuais no mês de julho, de 437% para 445,7% ao ano.

A alta leva a taxa ao maior patamar desde maio (454% ao ano). Com a variação, o crédito rotativo aparece 50,8 pontos percentuais mais caro no acumulado dos últimos 12 meses. Somente em 2023, o nível já saltou 17 pontos percentuais.

Na prática, o consumidor que cair no rotativo com uma dívida no valor de R$ 800 precisa desembolsar um adicional de R$ 3.565,60 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano, totalizando uma dívida de R$ 4.365,60.

Mesmo diante do primeiro corte da taxa básica de juros no período de três ano a alta ocorre. A redução de 0,5 ponto percentual levou a taxa Selic a 13,25% ao ano, ante o patamar de 13,75% ao ano, que estava em vigor desde agosto do ano passado.

O governo federal lançou o Desenrola Brasil para ajudar os milhões de endividados a conseguir renegociar suas dívidas. No primeiro mês do programa, a iniciativa para ajudar a tirar os brasileiros do vermelho negociou quase R$ 10 bilhões em dívidas.

As taxas cobradas daqueles que fizeram uso dom cheque especial voltaram a cair após leve variação positiva em junho segundo revelam as estatísticas Monetárias e de Crédito. O patamar de juros atual cobrado dos que precisam ficar com as contas bancárias no vermelho é de 132,5% ao ano.

O nível aparece 2 pontos percentuais superior ao registrado no mês anterior e 5,1 pontos percentuais maior em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado deste ano, a taxa avançou 0,4 ponto percentual.

O rotativo do cartão de crédito e o cheque especial são as modalidades de crédito mais acessadas em momentos de dificuldade e, consequentemente, têm as linhas de crédito mais caras do mercado.