A PF (Polícia Federal) deflagou na manhã desta sexta-feira (1°), uma operação que mira o ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho. A ação ocorre, sobretudo, no Maranhão, reduto eleitoral do integrante do primeiro escalão do governo petista.
O objetivo é investigar suspeitas de desvio de dinheiro público relacionadas a uma emenda parlamentar feita pelo então deputado federal e atual ministro das Comunicações, que foi repassada pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
A operação Benesse, que é um desdobramento da Operação Odoacro tem como finalidade desarticular uma organização criminosa para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Codevasf.
A prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Resende, e irmã do ministro, é um dos alvos da operação. Ela foi afastada do cargo de prefeita. Ao todo, são 12 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o que indica que ao menos um envolvido tem foro privilegiado. Os mandados estão sendo cumpridos em três cidades do Maranhão: São Luís, Bacabal e Vitorino Freire.
A principal empresa apontada no esquema é a Construservice, cujo sócio oculto é Eduardo Costa Barros, preso na primeira fase da Odoacro. De acordo com a PF, ele comandava um esquema de lavagem de dinheiro realizado a partir do desvio de verba pública, por meio de fraudes em licitações.
Além dos mandados, também estão sendo cumpridas medidas cautelares como afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos e ordens de indisponibilidade de bens. A investigação começou em 2021 e a operação teve a sua primeira fase deflagrada em julho do ano passado. Já a segunda etapa aconteceu em outubro.
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