Política Eleições 2022
Manifestantes protestam no Park Shopping contra Lula em Brasília
Indígenas prostestam também por falta de apoio do Novo Governo
03/12/2022 20h19 Atualizada há 3 anos
Por: Fonte: Pleno News
Gritam: “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”

No início da noite deste sábado (3), manifestantes que clamam por intervenção e investigação no processo eleitoral, onde envolve o petista Lula e o presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL), fizeram um protesto dentro do Park Shopping em Brasília (DF).

Vestidos de verde e amarelo, um grupo de pessoas gritaram palavras de ordem contra o petista. Em coro, eles gritavam “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”, entre outras frases comum nos protestos.

Manifestantes também estão na porta do Quartel General do Exército em Brasília, pedindo por intervenção às Forças Armadas, assim como, em várias capitais do Brasil.

Entre os manifestantes, estão muitos indígenas que esta semana fizeram um ato de protesto no Aeroporto Internacional de Brasília. Os Parecis, sempre recebeu subsídio do Governo Bolsonaro para o plantio em suas terras, mas o Governo de Lula nega ajuda aos povos indígenas de Parecis.

Há mais de 20 dias brasileiros de várias partes do país protestam contra o resultado das eleições, conforme denúncias feitas pelo próprio presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que solicitou investigação em urnas eletrônicas anteriores a 2020.

Ao invés do presidente do TSE e ministro do STF, Alexandre de Moraes, investigar as denúncias, aplicou uma multa milionário ao PL, além do bloqueio de contas do Fundo Partidário, dentre muitas ações contra os cidadãos brasileiros, denominados "Patriotas".

Indígenas de Parecis

O senador, Carlos Fávaro (PSD-MT), cotado ao cargo de ministro da Agricultura no Governo Lula, se encontrou com presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, e indígenas de Parecis para discutir produção agrícola em áreas demarcadas, mas os integrantes da equipe de transição ficaram irritados com os índios.

Fávaro coordena o núcleo da agricultura na transição, e durante a reunião com os parecis, discutiram a produção agrícola em áreas indígenas - pauta defendida por Bolsonaro - onde o plantio de soja no território dos Parecis somam 1,3 milhão de hectares, quase dez vezes o tamanho da cidade de São Paulo, mas Fávaro teve a capacidade de dizer que a reunião foi "nada demais", que "eles vieram trazer a preocupação de que isso (plantações de soja em terras indígenas) possa vir a ser inviabilizado com novas políticas públicas (do futuro governo)", em entrevista ao O Globo.

As lavouras de soja ficam em cinco terras indígenas — Paresí, Rio Formoso, Utiariti, Irantxe e Tirecatinga — que abrigam 3 mil indígenas espalhados por cerca de 60 aldeias. O cultivo da soja e outros grãos, como feijão e milho, gera um faturamento anual de cerca de R$ 120 milhões. Essa modalidade de cultivo está permitida no Brasil. Ela é garantida por um termo de ajustamento de conduta firmado entre o Ministério Público Federal e a Funai, já que a legislação prevê limites para a exploração econômica de monoculturas em terras indígenas.

Ligados a uma cooperativa de produtores de soja, a Copihanama, que reúne membros das etnias Paresí, Manoki e Nambikwara em Mato Grosso, os parecis apoiam Bolsonaro desde 2019, já que o presidente Bolsonaro sempre priorizou o auxílio aos indígenas.