Uma forte onda de calor está assolando boa parte do Brasil e vai continuar nas próximas semanas segundo os meteorologistas. São esperadas temperaturas que podem chegar a até 45°C.
Os impactos do calorão estão causando danos nas produções agrícolas, cotações das commodities no mercado exterior e na saúde dos produtores rurais.
Para quem trabalha no campo, os cuidados quanto ao clima devem ser redobrados, seja para produção, para o gado ou ao profissional. Isso porque o calor excessivo pode ser prejudicial à vida humana, podendo até levar uma pessoa à morte.
Como muitas atividades da agropecuária são realizadas sob o sol e calor, a exposição prolongada e sem proteção a temperaturas severas podem gerar danos irreversíveis e a longo prazo, além de afetar a produtividade nos trabalhos do campo.
Outro fator que contribui para a queda na produção são os sintomas causado pela exposição a temperaturas altas. Cansaço, dores musculares, fadigas entre outros sintomas podem atrapalhar os trabalhos no campo.
De acordo com dados da revista científica The Lance em 2018 o setor de agricultura perdeu cerca de 133 bilhões de horas no mundo toda por conta do calor excessivo, enquanto o setor industrial perdeu 30 bilhões de horas ao redor do globo.
O gado também pode sofrer muito com o estresse térmico. Um estudo da Embrapa mostra que criar sombras artificiais melhora o rendimento e diminui o consumo de água e do solo em confinamentos bovinos.
O corpo humano é um dos fatores mais afetados com as temperaturas altas, que podem causar danos a curto e longo prazo na saúde, inclusive em algumas situações, levar a morte. Apesar deste cenário afetar tanto cidadãos do campo como os dos grandes centros urbanos, a rotina do agricultor ou pecuarista exige esse contato maior com a natureza, com clima e consequentemente, com esses cenários de ondas de calor.
Outro fator importante a se destacar é que, nas cidades, as pessoas possuem muitos artifícios para aliviar essas condições. No entanto, o trabalhador do agro nem sempre tem à sua disposição ferramentas como ar-condicionado ou ventiladores, devido ao espaço onde trabalham.
Isso acaba trazendo malefícios a curto prazo, como o estresse térmico e a insolação. O primeiro se trata de uma série de sinais que alerta ao corpo uma elevação da temperatura interna e externa.
Os principais sintomas do estresse térmico são: dores locais, enjoos, tontura, dores de cabeça, cãibra, fadiga, desidratação e mal-estar.
Já a insolação é um estágio mais avançado de exposição ao calor, que ocorre após as temperaturas internas e externas do corpo ultrapassarem os 40 °C. A insolação é extremamente perigosa podendo inclusive levar ao óbito. Portanto, é importante não ignorar os sintomas do estresse térmico e tratá-los o quanto antes.
Doenças crônicas como o câncer de pele, doenças renais e até mesmo cognitivas podem surgir ao longo dos anos de exposição. A exposição ao excesso de calor acumulado é responsável por causar esses tipos de doenças, algumas das quais podem não ter cura. No entanto, o especialista ressalta que o estresse térmico e a insolação, especificamente, permanecem como os que mais afetam a saúde dos trabalhadores rurais.
Com o aumento das ondas de calor no Brasil, torna-se essencial adotar medidas como hidratação. Isso ajudará a evitar parte dos problemas e sintomas causados por essas condições climáticas, garantindo, assim, o bem-estar.
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*Com informações Canal Rural