Justiça Internet
Ministra Rosa Weber afirma que internet está ocupada por “agentes do ódio”
Rosa também afirmou que o direito de emitir opinião crítica sem risco de represália é essencial em sociedades democráticas
26/09/2023 12h03
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta segunda-feira (25) que a internet está ocupada por “agentes do ódio”, que estão determinados “a manipular o pensamento individual e coletivo, de modo a desacreditar as instituições políticas e fomentar a discórdia”.

“O otimismo inicial com o surgimento de um estado público global de comunicação, por meio da internet, viria a dar lugar ao desalento ocasionado pela ocupação desse espaço, naturalmente democrático, por agentes do ódio e da desinformação, determinados a manipular o pensamento individual e coletivo, de modo a desacreditar as instituições políticas, fomentar a discórdia, incitar a violência e instigar todas as formas de discriminação social”, disse a ministra.

Rosa também afirmou que o direito de emitir opinião crítica sem risco de represália é essencial em sociedades democráticas. Ainda assim, declarou que a exposição ao contraditório não pode abrir espaço para a desinformação. Para a ministra, é preciso um “esforço permanente” para combater a disseminação de fake news.

“Esse tema [da desinformação] traduz um dos grandes desafios das democracias modernas, especialmente nos países ameaçados cotidianamente pela ascensão de discursos autoritários e do pensamento fundamentalista. Enfrentá-lo requer esforços coordenados e permanentes”, afirmou a magistrada.

Rosa deixa a presidência do STF e sua cadeira na Corte em 2 de outubro, quando completa 75 anos e tem de se aposentar compulsoriamente. Ainda não há um nome definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga dela.

São considerados: o ministro da Justiça, Flávio Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas. Há também expectativa de que Lula indique uma mulher ou um negro à vaga.

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*Com informações Portal Terra