A rotina de isolamento continua seguida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada. A primeira-dama, Janja da Silva, está intermediando seus contatos externos até com políticos. Por recomendação médica, ninguém se aproxima do petista sem máscara.

Roberto Kalil, cardiologista e médico do presidente, disse na segunda-feira (2) que o petista já pode trabalhar normalmente, a depender de sua vontade e necessidade, desde que seja à distância. Visitas e eventos presenciais estão proibidos por pelo menos 15 dias para evitar contaminação no período de recuperação pós-cirúrgico.

Lula fez duas cirurgias, uma de colocação de prótese de articulação entre o fêmur da perna direita e a bacia e, outra para retirada do excesso de pele nas pálpebras, que atrapalhava a visão do presidente.

O presidente recebeu alta do hospital no domingo (1), dois dias antes do que era esperado. Conforme o médico, Lula é “extremamente obediente” quanto às orientações médicas: “Ele segue à risca a orientação e nunca foi diferente”.

Ninguém se aproxima do presidente sem usar máscara. A primeira-dama Janja tomou a frente, como forma de dizer "deixe comigo", intermediando todos os contatos – inclusive de políticos que falam por telefone com ela, não com Lula.

Ministros que têm reuniões semanais com o presidente quando ele despacha no Planalto, por exemplo, ainda não conseguiram contato direto com Lula depois da cirurgia.

Apesar da boa evolução, a recuperação do presidente deve impedir que ele se envolva como costuma nos assuntos da República, o que pode congelar, por pelo menos 10 dias, a escolha de um ministro para o STF (Supremo Tribunal Federal) e o novo procurador-geral da República.

Desde que foi para o Palácio da Alvorada, Lula tem se dedicado quase que unicamente a fisioterapia, com seu fisioterapeuta Leandro Dias, que o acompanha desde o início do mandato. Além disso, o petista sancionou a lei que regulamenta o programa Desenrola, que renegocia a dívida das pessoas.

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*Com informações Poder 360