O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (18), pesquisa que revela que o volume de vendas do comércio caiu 0,2% em agosto, após ter crescido por dois meses seguidos.
Para o gerente responsável pela pesquisa, Cristiano Santos, a variação é identificada como estabilidade. "Com exceção de março, com alta de 0,7%, maio, com queda de 0,6%, e julho, com alta de 0,7%, os demais meses indicaram variações próximas a zero, ou seja, foram quatro meses de estabilidade e três de volatilidade baixa", explica ele.
Dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) revelam que a primeira variação negativa desde maio, no entanto, representa uma alta de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. No indicador dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 1,7% no acumulado do ano.
O pesquisador, diz que vários fatores explicam o baixo crescimento do comércio varejista em 2023, com variações expressivas em termos setoriais. Alguns setores têm apresentado indicadores negativos com alguma constância e outros têm crescido.
No acumulado do ano até agosto, foram quatro taxas negativas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,4%).
Conforme Santos, os ramos em queda "vivem crises contábeis e estão passando por redução no número de lojas. Esse movimento de puxar o indicador para baixo está muito relacionado à crise contábil que ainda persiste até agosto".
No campo positivo, aparecem outros quatro segmentos: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), combustíveis e lubrificantes (0,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,2%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%).
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*Com informações R7