O ex-cantor evangélico Kleber Lucas e o esquerdista Caetano Veloso foram os vencedores da nova categoria de música gospel no Prêmio Multishow, realizado na noite desta terça-feira (7) no Rio de Janeiro.
Os cantores disputaram com grandes nomes da música gospel nacional: Maria Marçal, Gabriela Rocha, Clovis Pinho e Ton Carfi e Sarah Beatriz.
Visto pelo público como “deboche” e “sinal do fim dos tempos”, a indicação de Kleber Lucas não foi aceita pelos evangélicos, já que nos últimos anos o cantor tem tido comportamentos condenáveis para os padrões cristãos.
Ao subir ao palco, Kleber Lucas, visivelmente emocionado, disse que foi criado na favela entre a Assembleia de Deus e os terreiros de candomblé e que a música representa as religiões que podem conviver em harmonia.
Kleber perdeu o apoio de muitos pastores e fiéis na última campanha eleitoral por ter ficado ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL). Como um apoiador de um partido que vai contra as pautas conservadoras como a família, o aborto e a liberação das drogas pode representar os cristãos? Fica claro que o cantor não é o representante dos evangélicos.
Entre as polêmicas que o cantor se envolveu, está sua participação no programa “Conversa com Bial”, da Rede Globo, quando ele afirmou que “o Brasil não é do Senhor Jesus”.
Outra polêmica que chocou a comunidade cristã foi quando ele atacou o tradicional hino Alvo Mais que a Neve, cantado em diversas igrejas do Brasil, além de criticar passagens bíblicas.
“O discurso, às vezes nefasto, de dominação, está embalado nessa beleza, em uma memória familiar, comunitária. Mas as ideias de embranquecimento estão lá no hino.”
Kleber também afirma ser da inclusão e do acolhimento da diversidade humana, além de não aprovar que nenhuma religião reivindique a exclusividade de fé para si, nem as igrejas evangélicas.