Política Hacker
Zambelli presta depoimento à PF sobre acusações feitas por hacker
Os advogados de Zambelli já pediram diversas vezes o adiamento da oitiva, sob a alegação de não terem tido acesso ao inquérito policial
14/11/2023 08h42
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (14), às 14h, em Brasília, a deputada federal Carla Zambelli (PL/SP) vai prestar depoimento a PF (Polícia Federal) no inquérito sobre a suposta participação dela em um esquema que inseriu dados falsos no sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A informação foi confirmada pela defesa da parlamentar.

Os advogados de Zambelli já pediram diversas vezes o adiamento da oitiva, sob a alegação de não terem tido acesso ao inquérito policial. A deputada e o hacker Walter Delgatti Neto foram alvo de uma operação deflagrada pela PF, em agosto, para apurar a invasão do sistema do CNJ com o objetivo de inserir informações falsas sobre o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Em nota, a assessoria de Zambelli afirma que a corporação já concluiu que as transferências, que totalizaram R$ 10,5 mil, foram feitas para pagar garrafas de uísque. Além disso, a equipe diz que a corporação não encontrou indícios de que a parlamentar soubesse dos ataques ao sistema do CNJ, nem mesmo sobre as transações entre o então assessor dela e Delgatti Neto.

"Desde o início das investigações, as acusações de Walter foram destacadas com legitimidade, sem um ponto de vista crítico sobre seu comportamento e declarações", diz a nota.

Delgatti ficou conhecido pelo episódio da "Vaza Jato", quando invadiu telefones de autoridades envolvidas com a Operação Lava Jato e publicou conversas entre integrantes da força-tarefa. Em depoimento à PF, ele disse que Zambelli o teria contratado para fraudar as urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ. Para isso, ele teria recebido R$ 13 mil, pagos por assessores da deputada.

No mesmo dia da operação da PF, Zambelli convocou jornalistas para uma entrevista coletiva na Câmara dos Deputados. Ela negou que tivesse contratado o hacker para fazer trabalhos criminosos e afirmou que os pagamentos feitos a Delgatti se referiam a serviços para o site dela.

Ainda conforme a deputada, as remunerações referentes ao trabalho somam R$ 3.000, que saíram de contas pessoais.

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*Com informações R7