Brasil Viagem
Ministério admite que pagou viagem da “dama do tráfico”
A viagem foi financiada para que ela participasse do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, em Brasília, nos dias 6 e 7 de novembro
15/11/2023 11h03 Atualizada há 2 anos
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O Ministério dos Direitos Humanos, pasta comandada por Silvio Almeida, admitiu nesta terça-feira (14) que pagou uma das viagens da “dama do tráfico amazonense” a Brasília. Luciane Barbosa Farias é esposa do líder do Comando Vermelho no estado.

A informação foi divulgada pelo jornal O Globo, a viagem foi financiada para que ela participasse do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, em Brasília, nos dias 6 e 7 de novembro.

“O Comitê de Prevenção e Combate à Tortura, por meio do Ofício n° 233/2023, solicitou aos Comitês Estadual de Prevenção e Combate à Tortura dos estados que indicassem representantes para participação da atividade. O Comitê estadual do Amazonas, por sua vez, indicou Luciane Barbosa Farias como representante a participar do evento. Todos os convidados tiveram suas passagens e diárias custeadas”, informou o Ministério dos Direito Humanos.

Nesta terça-feira (14), a própria “dama do tráfico” revelou que sua viagem a Brasília foi custeada pela pasta de Silvio Almeida, o Ministério dos Direitos Humanos. Ela expôs a situação em coletiva convocada após os encontros no Ministério da Justiça, de Flávio Dino, tomarem o noticiário.

CASO
Luciane Barbosa Farias participou de audiências com dois secretários e dois diretores do Ministério da Justiça em um período de três meses. Apesar das visitas, o nome de Luciane não consta das agendas oficiais da pasta chefiada por Flávio Dino.

Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, que era considerado o “criminoso número 1” na lista de procurados pela polícia do Amazonas até ser preso em dezembro do ano passado. Luciane e o marido já foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.

Atualmente, Clemilson cumpre 31 anos no presídio de Tefé, no interior do Amazonas, enquanto Luciane foi sentenciada a dez anos e recorre em liberdade.

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