O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (23), em jantar no Palácio do Alvorada, a ministros do governo e do STF, que decidiu indicar o subprocurador Paulo Gonet como novo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Estavam presentes no jantar os ministros do Supremo Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, além dos ministros do governo Jorge Messias (AGU) e Flávio Dino (Justiça)
De acordo com a coluna do Igor Gadelha do Metrópoles, a expectativa no Palácio do Planalto é de que Lula oficialize a indicação de Gonet até segunda-feira (27), quando o presidente embarca para uma viagem de 10 dias pelo Oriente Médio e pela Alemanha.
Quando oficializada, a indicação do subprocurador seguirá para análise do Senado. A expectativa de líderes da Casa é de que Gonet não enfrente dificuldades para ter seu nome aprovado pelos senadores.
Gonet tem apoio do Centrão e também tem boa interlocução com bolsonaristas. O nome do subprocurador também era apoiado por Gilmar e por Moraes.
Setores da esquerda tentaram inviabilizar a indicação, nas últimas semanas, por meio de uma campanha que explorou o fato de Gonet ser conservador nos costumes.
Coordenador do grupo Perrogativas e amigo pessoal de Lula, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, entrou em cena para tentar amortizar os efeitos da ofensiva.
O jurista deu uma série entrevistas dizendo que apoiará qualquer nome indicado por Lula à PGR. “Não acho saudável fazer campanha de veto e criar uma agenda negativa direta”, disse Carvalho à CNN Brasil.
No Planalto, a expectativa é de que Lula faça o anúncio para o STF de forma casada com a PGR, sobretudo em razão do tempo apertado para que o Senado analise as indicações antes do recesso.
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