Brasil Cratera
Alerta: Defesa Civil prevê cratera de até 300 metros em Maceió
Foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo nas últimas 48 horas
01/12/2023 11h25
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Maceió, capital de Alagoas, está em alerta máximo após a ameaça de colapso do bairro Mutange. No começo da manhã desta sexta-feira (1º), a previsão era que o solo se abrisse, o que não ocorreu, mas isso é questão de tempo, de acordo com técnicos.

Foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo nas últimas 48 horas. Antes, esse afundamento vinha sendo de 50 cm por dia, segundo a TV Gazeta. O aumento de 3 cm para cada 24 horas foi considerado uma aceleração da movimentação.

Esse afundamento do solo é provocado por causa de uma das minas de sal-gema da indústria petroquímica Brasken, que criou espécies de “ocos” no subterrâneo, que foram preenchidos com líquido, que vazou. Esses túneis foram construídos desde 1994.

Por conta do risco imediato de colapso, houve a proibição da navegação na Lagoa Mundaú, mas não há risco de tsunami, conforme informou o tenente-coronel Moisés Melo, do Corpo de Bombeiros. Mas ele alerta sobre o afundamento: “É só questão de tempo”.

A Defesa Civil de Alagoas calcula que o tamanho da cratera após o desabamento será de até 300 metros de diâmetro. No momento do colapso, é previsto tremores de terra na região, mas isso não deve provocar estragos nas construções ao redor, segundo as autoridades. Milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas.

A Defesa Civil de Maceió mantém o alerta de rompimento da mina 18 desde quarta-feira (30). Uma das previsões era que o desabamento fosse ocorrer às 23h de quinta. No entanto, um novo prazo foi estimado pela Defesa Civil de Maceió, apontando que a ruptura poderia ocorrer por volta das 6h da manhã desta sexta, o que não se confirmou.

O problema em torno do afundamento na região em que estão localizadas 35 minas de sal-gema da Braskem só veio à tona em março de 2018, quando um forte tremor atingiu a área.

O risco iminente de formação de crateras levou à saída emergencial de cerca de 55 mil pessoas da área. O problema, constatado por órgãos da esfera municipal, estadual e federal, se relaciona a minas de sal-gema da petroquímica Braskem exploradas no subsolo da área urbana da capital do estado.

O sal-gema é retirado de rochas a cerca de mil metros da superfície. Ele pode ser utilizado normalmente na cozinha, mas seu uso é importante em vários processos industriais, como, por exemplo, na produção de PVC e soda cáustica.

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*Com informações Metrópoles