A PF (Polícia Federa) deflagrou na manhã desta segunda-feira (4) a operação Disco de Ouro, contra um esquema de financiamento e logística de garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami. O cantor Alexandre Pires é um dos investigados, suspeito de envolvimento no esquema. Ao todo, a organização teria movimentado R$ 250 milhões.
Segundo a PF, as investigações começaram em 2022, após denúncias de que o garimpo ilegal estava causando danos ambientais e sociais na Terra Yanomami. Os alvos da operação são pessoas físicas e jurídicas suspeitas de fornecerem apoio logístico e financeiro ao garimpo.
As equipes cumpriram dois mandados de prisão, bem como seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). A Justiça determinou, ainda, o sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos.
O cantor negou qualquer envolvimento no garimpo ilegal. Em nota, sua assessoria de imprensa afirmou que ele "está à disposição das autoridades para esclarecer qualquer dúvida". O garimpo ilegal é uma das principais ameaças às Terras Indígenas Yanomami. A atividade causa danos ambientais, como a contaminação dos rios e a destruição da floresta, e também afeta a saúde e a cultura dos indígenas.
A operação Disco de Ouro é a mais recente ação da PF contra o garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami. Em 2022, a PF deflagrou a operação Uirapuru, que resultou na prisão de 11 pessoas.
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*Com informações Metrópoles