Política Indignação
Bolsonaro compara Lula com Fidel por menção a Dino ser ‘comunista no STF’
Bolsonaro disse que a fala de Lula lembrou-o do discurso do ex-ditador Fidel Castro ao assumir o governo de Cuba em 1959
16/12/2023 17h29
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (15) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o discurso em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter conseguido “colocar um comunista no STF’, em relação à aprovação de Flávio Dino para uma vaga na Suprema Corte.

“Vimos agora a alegria desse cara que tá aí. Tô (sic) muito feliz, botei um comunista dentro do Supremo”, mencionou o ex-presidente.

Bolsonaro disse que a fala de Lula lembrou-o do discurso do ex-ditador Fidel Castro ao assumir o governo de Cuba em 1959.

“Exatamente igual ao tratado aqui no momento. Os caras sempre lutam pelo poder – disse em fala na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde recebeu o título de cidadão honorário do estado.

Na abertura da 4ª Conferência Nacional de Juventude em Brasília, na última quinta (14),  Lula disse que pela primeira vez conseguiu indicar um “comunista” para assumir uma vaga no STF. Flávio Dino hoje é afiliado ao PSB, mas lançou-se na política como candidato a deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Ele próprio se autointitula “comunista”, mas sinaliza ser adepto de um entendimento diferente do usual para o termo.

Bolsonaro ainda aproveitou a oportunidade para falar sobre seu governo, defender suas posições durante a pandemia de Covid-19. Ele afirmou que “não dá para comparar Paulo Guedes com (Fernando) Haddad” e criticou o número de ministros no governo atual.

“Trinta e oito ministérios. Nem ele [Lula] sabe o nome de uma dúzia”.

Acenando a pautas caras para seus apoiadores, afirmou que enquanto era presidente, “ninguém ousava botar em prática, ou tentar botar em prática, a liberação do aborto, a liberação da maconha, a relativização da propriedade privada, o marco temporal, entre outras maldades”.

Ainda sobre o Judiciário, Bolsonaro disse que passou momentos difíceis no comando do país, mas avaliou que quem sofre mais são “aqueles condenados a 17 anos de cadeia em Brasília”, no que chamou de “covardia”.

Nos últimos meses, o STF tem condenado à prisão manifestantes que participaram dos atos de 8 de janeiro e se envolveram na invasão às sedes dos Três Poderes.

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*Com informações Agência Estado