O secretário-executivo Ricardo Cappelli afirmou nesta quinta-feira (11) que não permanecerá na pasta com o anúncio de Ricardo Lewandowski. O anúncio foi feito a CNN Brasil.

O presidente Lula até pensou em renovar o ministério, com Lewandowski ministro fazendo a atuação institucional, e Cappelli como super secretário-geral, cuidando da segurança pública, que ocupa 90% da rotina da pasta e atualmente é a área com pior avaliação no governo. Lewandowski, no entanto, aceitou o convite de comandar a pasta com a condição de ter carta branca para montar a equipe. Ou seja, não aceitou a “renovação” proposta pelo presidente.

No entanto, Cappelli diz que vai tirar férias nas próximas semanas, que já estavam marcadas, e depois retorna a Brasília para atuar na transição para a nova equipe do ministério.

O secretário-executivo da pasta deve embarcar para o Maranhão na segunda-feira (15), onde fica até o fim do mês.

Nas redes sociais, Capplli reiterou que não pediu demissão da pasta.

“Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, publicou em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

Isso significa uma mudança nas políticas da pasta. Saem o PSB e Cappelli, que foi muito bem-sucedido como interventor do DF pós 8/1, e entram o PT e uma visão considerada “mais light” da segurança pública. Para um assessor de Dino, ironicamente, “vêm aí os sociólogos do PT, que não gostam da polícia”. Na visão desse assessor, a violência está fora de controle, não só no Brasil, vide o Equador, e é preciso “firmeza”. Ele não diz, mas a dedução é que, na sua opinião, os “sociólogos do PT” não terão essa firmeza.

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