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Dengue: Brasil pode bater recordes de casos e mortes pela doença em 2024
Só nos primeiros 15 dias do ano, foram 55.859 registros de dengue no país, com seis mortes
23/01/2024 10h52
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil pode atingir números alarmantes de dengue em 2024 e apontando que os casos da doença variem de 1,7 milhão até 5 milhões. A variabilidade desses índices é resultado de uma combinação de fatores, como calor intenso, chuvas abundantes e ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus que causa a doença. Diante desse cenário, o país pode ter recordes na quantidade de casos e de mortes, segundo estimativas da própria pasta.

Só nos primeiros 15 dias do ano, foram 55.859 registros de dengue no país, com seis mortes. A incidência de casos está em 27,5/100 mil habitantes. No mesmo período de 2023, haviam sido computados 26.801 casos – ou seja, houve aumento de 108% no número de casos, mas com 17 mortes.

O país registrou o maior número de mortes causadas pela dengue em 2023. O painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde apontou 1.079 óbitos confirmados até o fim de dezembro, com outros 211 ainda em investigação.

Em relação aos casos, foram diagnosticadas 1.641.278 prováveis infecções causadas pelo vírus, resultando em 52.160 hospitalizações. Embora esse número represente aumento de 17,8% em relação ao ano anterior, ainda permanece abaixo do recorde estabelecido em 2015, quando o Brasil atingiu 1.688.688 casos de dengue.

O Centro-Oeste pode enfrentar um cenário epidêmico em relação à dengue, segundo as projeções do Ministério da Saúde.

Além disso, há um risco considerável de epidemias nas regiões Sudeste, com ênfase em Minas Gerais e Espírito Santo, e no Sul, particularmente no Paraná.

No Nordeste, embora se espere aumento nos casos, a expectativa é que não atinja níveis epidêmicos.

A projeção do aumento de casos em 2024 é influenciada por uma conjunção de fatores, entre eles as condições climáticas adversas, com destaque para calor e chuva intensos.

No Brasil também ressurgiu os sorotipos 3 e 4 e é motivo do aumento da doença.

Atualmente, todos os quatro sorotipos da doença circulam no país, uma situação considerada “incomum” pela secretária de Vigilância em Saúde do MS, Ethel Macie. Essa circulação simultânea aumenta significativamente o risco de propagação da dengue, o que demanda medidas preventivas rigorosas.

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado.

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*Com informações Metrópoles