O embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, será chamado para retornar ao Brasil pelo governo do presidente Lula, após as falas do chefe do Executivo sobre o país em guerra com o Hamas, da Palestina.
Meyer recebeu uma reprimenda do ministro do Exterior israelense, Israel Katz, no Museu do Holocausto Yad Vashem nesta manhã, porque o petista neste domingo (18) falou sobre o conflito armado que dura desde outubro. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.
Em seu pronunciamento Lula cobrou ajuda humanitária do “mundo rico”. Qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”
Os comentários causaram mal-estar, e o ministro Israel Katz afirmou que o presidente brasileiro é "persona non grata" no país até que faça retratações.
Houve uma reunião no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (19) com Lula, Paulo Pimenta (ministro da secretaria de Comunicação), o assessor especial Celso Amorim e Márcio Macêdo (chefe da Secretaria-Geral da Presidência).
Após a reunião, ficou estabelecido que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tratará do assunto. Lula decidiu que não fará, pelo menos por ora, qualquer novo discurso se desculpando com o governo de Israel pela declaração na qual comparou as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto.
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*Com informações Metrópoles