Dez senadores da oposição apresentaram um pedido à PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitando uma investigação contra a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A acusação gira em torno do suposto descarte de 150 mil medicamentos destinados ao atendimento da população Yanomami. Segundo os parlamentares, muitos desses remédios ainda estavam dentro do prazo de validade.
“Diante desta situação, é inaceitável o descarte a tantos medicamentos dentro do prazo de validade, os quais poderiam ser utilizados e salvado a vida de inúmeros indígenas Yanomami que faleceram pela falta de acesso a medicamentos e atendimentos de saúde”, destacam os parlamentares.
Os senadores que assinam o referido documento incluem Marcos Pontes (PL/SP), Magno Malta (PL/ES), Mecias de Jesus (Republicanos/RR), Hamilton Mourão (Republicanos/RS), Rogério Marinho (PL/RN), Ciro Nogueira (PP/PI), Damares Alves (Republicanos/DF), Tereza Cristina (PP/MS), Jorge Seif (PL/SC), Plínio Valério (PSDB/AM), Eduardo Girão (Novo/CE), Carlos Heinze (PP/RS), Carlos Portinho (PL/RJ) e Flávio Bolsonaro (PL/RJ).
No início de janeiro do ano passado, o ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública. No entanto, conforme alegam os senadores, a situação teria se deteriorado desde então.
“Há relatórios do próprio ministério que relatam aumento expressivo no número de óbitos provocados por diversas doenças, em especial pela desnutrição e malária que continua a assolar e dizimar os indígenas no território Yanomami apesar de todos os recursos e esforços empregado para as ações emergenciais de saúde e proteção aos Yanomami no ano de 2023”, aponta.
O Ministério da Saúde Argumentou que a “gestão atual se deparou com uma situação de crise humanitária entre o povo Yanomami, resultado da falta de assistência e desestruturação da saúde indígena nos anos anteriores”. Além disso, destacou que os medicamentos descartados foram adquiridos em períodos anteriores.
“Não há falta de medicamentos ou insumos para assistência dessa população. Os medicamentos que foram comprados nos anos anteriores e estavam com a data de validade próxima do vencimento, foram descartados”, resumiu a pasta.
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*Com informações O Antagonista