Na terça-feira (19) durante uma audiência no Senado Federal, Rodrigo de Melo Teixeira, diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal (DPA-PF), reconheceu que a corporação monitorou as redes sociais do jornalista português Sérgio Tavares. Teixeira afirmou que algumas manifestações de Tavares foram consideradas próximas do aspecto criminal, especialmente os ataques que ele teria feito à Suprema Corte.
“Ele foi questionado sobre o ataque à honra de ministros da Suprema Corte, que ele faz em sua rede social”, disse Teixeira. “E aí, não é questão só de ser ministro da Suprema Corte. Não posso fazer um ataque à honra do senhor, que é senador, ou de qualquer cidadão, ou contra mim, que sou um delegado, diretor da polícia.”
De acordo com Teixeira, Tavares fez a alegação de que as urnas eletrônicas são fraudulentas. "A gente sabe, pelo menos com provas, que não tem nenhuma ilegalidade nesse procedimento, e ele critica", afirmou o diretor da PF.
Teixeira também mencionou que Tavares expressou apoio aos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O delegado afirmou que a corporação teve conhecimento dessas manifestações por meio das redes sociais do jornalista.
O jornalista português foi retido por quatro horas no Aeroporto Internacional de Guarulhos em 25 de fevereiro. Essa ocorrência se deu quando ele estava ingressando no Brasil para participar de um evento em prol da democracia na Avenida Paulista.
Posteriormente, o partido português Alternativa Democrática Nacional (ADN) emitiu uma declaração em suas plataformas de mídia social. Nessa nota, o partido demandava que o governo de Portugal se pronunciasse a respeito da detenção do jornalista.
Na mesma nota, a sigla, liderada por Bruno Fialho, caracterizou o incidente como uma "perseguição fascista de uma extrema esquerda".
Em uma publicação nas redes sociais, o ADN afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser responsabilizado. Adicionalmente, descreveu o constrangimento experimentado pelo jornalista como um "ataque político a um cidadão português".
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*Com informações Diário do Brasil