Política Sigilo
Lula coloca visitas a Janja sob sigilo depois de criticar Bolsonaro
O líder do PT já exerceu esse direito em 1.339 ocasiões, mantendo uma variedade de informações em sigilo por 100 anos
22/03/2024 09h07
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Na campanha eleitoral de 2022, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou Jair Bolsonaro (PL) por exercer o direito de classificar certas informações como sigilosas.

Lula chegou a fazer da revogação dos sigilos de Bolsonaro uma promessa de campanha e foi uma das primeiras ações que tomou ao assumir a Presidência.

“Qualquer pessoa podia saber o que acontecia no nosso governo. Agora, o Bolsonaro, não. O Bolsonaro dizia que não tem corrupção, mas decreta sigilo de 100 anos para qualquer denúncia contra ele. Decreta sigilo de 100 anos para o filho, para os amigos, para o Pazuello. Nada dele é investigado. Toma aqui 100 anos, para quando ele não existir mais”, disse Lula em junho de 2022.

Agora, como presidente do país, o líder do PT já exerceu esse direito em 1.339 ocasiões, mantendo uma variedade de informações em sigilo por 100 anos.

Entre os dados confidenciais estão a agenda da primeira-dama, Janja da Silva, e assuntos como as comunicações diplomáticas sobre o ex-jogador Robinho, condenado na Itália por estupro. Além disso, a lista dos militares do Batalhão de Guarda Presidencial que estavam de serviço em 8 de janeiro de 2023 também está protegida por sigilo.

Apenas em seu primeiro ano do terceiro mandato, Lula solicitou sete pedidos de sigilo a mais do que seu antecessor. Em resposta a questionamentos, a Controladoria-Geral da União (CGU) defendeu que o recurso deve ser utilizado em determinadas circunstâncias e afirmou que a gestão anterior "abusava do sigilo centenário".

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias. 

*Com informações Pleno News