Juristas consultados pelo blog do Noblat do site Metrópoles acreditam que, antes de ser preso pela Polícia Federal (PF), Jair Bolsonaro (PL) poderá enfrentar sanções e ser submetido a medidas cautelares determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Devido ao risco de fuga, é possível que o ex-presidente seja obrigado a usar tornozeleira eletrônica durante o período de investigação pelo STF.
Antes de qualquer solicitação de prisão, que não está prevista para o momento, a imposição do uso de tornozeleira eletrônica é considerada. Acredita-se que uma eventual prisão preventiva de Bolsonaro neste momento poderia fortalecê-lo politicamente e reforçar a narrativa de perseguição.
A prisão de Bolsonaro pela Polícia Federal só ocorrerá após ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse ínterim, ele precisa ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República e ter a ordem de prisão referendada por todos os ministros do STF.
A questão relacionada à visita do ex-presidente à embaixada da Hungria, onde foi flagrado por câmeras de segurança por duas noites em fevereiro, teve um peso significativo. De acordo com o New York Times, Bolsonaro teria se refugiado na embaixada na tentativa de buscar asilo político do país sob o governo de Viktor Orbán.
A defesa de Jair Bolsonaro argumenta que sua presença na embaixada foi para "manter contatos". Em declaração à coluna de Igor Gadelha, o ex-presidente afirmou que mantém "um círculo de amizade com alguns chefes de Estado pelo mundo" e que conversa com eles sobre assuntos de interesse do Brasil. Ele ressaltou que as especulações em torno desse assunto são infundadas.
Conforme revelado pelo repórter Gustavo Zucchi, o ministro Alexandre de Moraes já tomou em consideração pedidos de asilo político como justificativa para a manutenção de prisão preventiva.
Em uma decisão datada de agosto de 2021, Moraes utilizou os pedidos de asilo político feitos pelo ex-deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB/RJ) para destacar o risco de fuga e manter o então parlamentar detido.
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*Com informações Metrópoles