Polícia Tráfico de Drogas
Operação Snow: Confira os alvos da ação de combate ao tráfico de drogas
Um dos alvos, o policial civil Hugo Cesar Benites, não foi detido devido às suas férias no Paraguai
27/03/2024 08h23
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Durante a Operação Snow, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta terça-feira (26), um dos alvos, o policial civil Hugo Cesar Benites, não foi detido devido às suas férias no Paraguai.

Hugo ingressou na polícia em 2018. O outro policial civil, também alvo da operação, já havia sido detido anteriormente após ser flagrado transportando drogas para a organização criminosa. No total, foram emitidos 21 mandados de prisão e busca e apreensão.

Conforme declarado pelo MPMS (Ministério Público Estadual), a organização em questão demonstrava uma estrutura altamente desenvolvida, com uma intricada rede de distribuição, envolvendo diversos membros, incluindo policiais cooptados pelo grupo. Utilizavam empresas de transporte para realizar a lavagem de dinheiro. Os policiais, valendo-se de viaturas oficiais, efetuavam o transporte de cocaína, contando com a vantagem de não serem alvos frequentes de paradas nas rodovias.

Através de sua assessoria, a Polícia Civil emitiu uma nota informando que um procedimento administrativo foi iniciado para investigar a conduta e possível envolvimento dos policiais civis com o referido grupo criminoso. A nota reitera o compromisso da instituição em não tolerar desvios de conduta ou qualquer comportamento que comprometa sua integridade e a confiança da sociedade.

A lista de mandados de prisão inclui empresários, caminhoneiros e homicidas.Parte superior do formulário

Veja a lista:

·         Hugo Cesar Benites – policial civil;

·         Jucimar Galvan – empresário preso durante operação com arma em casa;

·         Adriano Diogo Veríssimo – motorista de caminhão com passagem por violência doméstica;

·         Anderson Cesar dos Santos – auxiliar administrativo com passagem por roubo;

·         Bruno Ascari – motorista de caminhão;

·         Ademar Almeida Ribas

·         Ademilson Cramolish Palombo – estava envolvido no caso do garagista Alma, desaparecido. Ademilson devia mais de R$ 160 mil a Carlos Reis de Medeiros, que nunca teve o corpo encontrado;

·         Douglas Lima de Oliveira – acusado de matar em 2022 Cristian Alcides Lima Ramires;

·         Darli Oliveira Santander – empresária;

·         Eric do Nascimento Marques

·         Fábio Antônio Alves da Silva

·         Fernado Henrique Souza dos Santos – motorista entregador com passagens por tráfico sendo preso pela Denar em outubro de 2023;

·         Frank Santos de Oliveira – preso com arma em casa durante operação;

·         Joesley da Rosa – motorista de caminhão;

·         Luiz Paulo da Silva

·         Márcio André Rocha Farias – auxiliar de vendas;

·         Mayk Rodrigo Gama – passagens por furtos de carros em vários bairros da cidade;

·         Natomi Lima de Oliveira

·         Paulo Cesar Jara Ibarrola

·         Wellington Souza Lima conhecido como ‘Garganta’ com passagens por furtos

Operaçao Snow

A operação foi lançada contra um grupo criminoso envolvido no tráfico de cocaína, que recrutava policiais para facilitar o transporte da droga. Uma das estratégias utilizadas pelo grupo para levar a droga de Ponta Porã até Campo Grande, de onde era distribuída para outros estados, era conhecida como "frete seguro". Nesse método, policiais civis transportavam a cocaína em viaturas oficiais caracterizadas, contando com a relativa garantia de não serem parados ou fiscalizados por outras unidades de segurança pública.

O grupo ocultava a droga entre cargas lícitas, o que tornava a fiscalização policial nas rodovias mais difícil, especialmente quando se tratava de material resfriado ou congelado, pois os baús dos caminhões frigoríficos viajavam lacrados.

Além disso, a organização realizava a transferência de propriedade de caminhões entre empresas associadas ao grupo e os motoristas, como uma medida para evitar chamar a atenção em possíveis fiscalizações policiais. De acordo com o Gaeco, também foi possível identificar mais duas toneladas de cocaína pertencentes à organização criminosa, que foram apreendidas durante operações policiais.

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*Com informações Midiamax