Brasil Casamentos
IBGE: Casamentos aumentam 4%, mas ainda abaixo do pré-pandemia
De acordo com o levantamento, o número de uniões registradas em cartório aumentou em todas as grandes regiões brasileiras
27/03/2024 09h21
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O número de casamentos no Brasil está em ascensão, alcançando 970.041 em 2022. Isso representa um aumento de 4% em comparação com o ano anterior, quando foram registradas 932.502 uniões civis. Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio das Estatísticas do Registro Civil.

Apesar do aumento, o número de casamentos confirmados em 2021 não ultrapassou a média dos cinco anteriores à pandemia, que era de pouco mais de 1 milhão de registros anuais.

De acordo com o levantamento, o número de uniões registradas em cartório aumentou em todas as grandes regiões brasileiras, com destaque para o Sul, que registrou 9% mais matrimônios do que em 2021.

Em 2022, somente nos meses de abril, julho e setembro, o número de registros de casamentos civis superou os números observados nos mesmos meses de 2019, antes da pandemia. Durante os quatro anos analisados, o mês de dezembro manteve-se como o período com o maior número de registros e ocorrências de casamentos civis.

Nos casamentos civis entre cônjuges solteiros de sexos diferentes, com 15 anos ou mais, a diferença média de idade no momento da união foi de aproximadamente dois anos. Conforme os dados, os homens se casaram, em média, aos 31,5 anos, enquanto as mulheres se casaram aos 29,1 anos.

Brasileiros estão se casando mais tarde

Ao longo dos últimos anos, as idades dos cônjuges nos casamentos entre pessoas de sexos diferentes aumentaram, tanto para homens quanto para mulheres. Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais. Já em 2022, 24,1% dos registros de casamentos civis entre pessoas de sexos diferentes ocorreram com mulheres nessa mesma faixa etária.

Esse fenômeno também foi notado entre os homens. Houve um aumento de cerca de 20 pontos percentuais na proporção de registros de casamentos em que os homens tinham idades mais avançadas (40 anos ou mais), comparando os anos de 2000 (10,2%) e 2022 (30,4%).

Regiões e unidades da federação

As regiões Nordeste e Sul apresentaram as menores taxas do país, com 5,1 e 5,3 casamentos por 1.000 habitantes, respectivamente. Enquanto isso, o Sudeste e o Centro-Oeste registraram as maiores taxas, com 6,5 e 6,7 casamentos por 1.000 habitantes, respectivamente.

De acordo com o estudo, Rondônia (com 9,6 casamentos por 1.000 habitantes) e o Distrito Federal (com 9 casamentos por 1.000 habitantes) registraram as maiores taxas de nupcialidade. Enquanto isso, as menores taxas foram observadas no Rio Grande do Sul (com 4,2 casamentos por 1.000 habitantes) e no Piauí (com 3,4 casamentos por 1.000 habitantes).