Em 14 de março, os servidores técnicos-administrativos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiram aderir à paralisação nacional da categoria. Em todo o estado, a greve afeta vários setores da universidade, enquanto os servidores buscam melhores condições de trabalho.
A UFMS emprega mais de 1.700 técnicos-administrativos, que desempenham uma variedade de funções, incluindo vigilância, administração, psicologia, assistência social, física, entre outras.
Nivalci Barbosa, servidor e representante da categoria, destaca que a principal demanda dos servidores é a reestruturação da carreira, incluindo uma revisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação.
Outro ponto de preocupação é o Projeto de Lei da Reforma Administrativa, que propõe alterações nas regras para os novos servidores públicos. Essas mudanças incluem a limitação da estabilidade no emprego para determinadas carreiras e a facilitação da contratação de terceirizados, que não passam por concurso público.
De acordo com Nivalci, na tarde de quarta-feira (27), o ministro da Educação, Fernando Haddad, e a ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, se reuniram para discutir as demandas apresentadas pelos servidores.
Os servidores também estão buscando um reajuste salarial que, segundo eles, está defasado em comparação com outros setores do funcionalismo federal. Porém, o governo ofereceu um aumento de 9%, dividido em dois anos (2025 e 2026), sem qualquer reajuste em 2024.
De acordo com o Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), a categoria está solicitando um reajuste de 10,5% em 2024, mais 10,5% em 2025 e outros 10,5% em 2026. As negociações tiveram início em outubro de 2023. No entanto, em fevereiro deste ano, o Governo Federal apresentou uma contraproposta de 4,5% em 2025 e mais 4,5% em 2026.
Nivalci enfatiza que a greve foi declarada após uma resposta considerada desfavorável do governo à contraproposta dos servidores, que foi apresentada pela Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições).
A greve dos servidores impacta uma variedade de setores, desde as tarefas administrativas, bibliotecas, manutenção da infraestrutura até os laboratórios e outros serviços essenciais para professores e alunos.
Paralisação
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (27), a Adufms convocou os professores e trabalhadores da UFMS para a primeira paralisação de 2024, agendada para o dia 3 de abril. A paralisação também foi aderida pelos servidores do IFMS (Instituto Federal de MS).
Segundo a Adufms, a paralisação foi decidida após uma Assembleia Geral realizada em 21 de março. "A mobilização geral e unificada de todos é crucial para alcançarmos nossas demandas", argumenta.
Em 20 de março, a Reitoria do IFMS emitiu uma nota de apoio aos servidores da instituição diante do indicativo de greve. "Reconhecemos a legitimidade das reivindicações apresentadas, que refletem a busca por uma reestruturação justa e necessária das carreiras", diz parte do texto.
No dia 22 de março, as Instituições Federais de Ensino (IFEs), representadas pelo Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), aprovaram um indicativo de greve dos docentes das Universidades, Institutos Federais e Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica) para o dia 15 de abril.
Se a paralisação for confirmada, os professores das universidades podem se unir aos servidores técnicos-administrativos em educação, que iniciaram greve em pelo menos 30 universidades do país em 14 de março.
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*Com informações Midiamax