A economia global moderna não só depende da internet, mas também dos sistemas de geoposicionamento, como o GPS. Serviços essenciais, como emergências, telecomunicações, transporte e finanças, poderiam ser interrompidos total ou parcialmente sem a cobertura dos satélites que coletam e transmitem dados e imagens de volta para a Terra. Com a crescente disputa pelo espaço e o aumento das tensões entre os Estados Unidos e a China, o GPS emerge como um possível alvo nos conflitos entre as grandes potências.
O GPS, abreviação para Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System em inglês), é um sistema de navegação via satélite que oferece informações de localização em tempo real em qualquer lugar da Terra, independentemente das condições climáticas, 24 horas por dia. Ele funciona com uma constelação de 32 satélites em órbita ao redor do planeta, os quais transmitem sinais de rádio. Esses sinais são captados por receptores GNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite), presentes em smartphones, veículos, relógios e outros dispositivos eletrônicos.
O GPS, um padrão de origem americana amplamente adotado no mundo ocidental, não é o único sistema disponível. Também estão em operação o Galileo da União Europeia, o Beidou da China e o Glonass da Rússia, todos com cobertura global. Cada um desses sistemas possui suas próprias vantagens e desvantagens em relação à tecnologia americana, que é a mais antiga de todas.
Para determinar a localização de um receptor na Terra, o dispositivo calcula sua distância em relação a três satélites GPS. Esses satélites combinam os dados para determinar as coordenadas geográficas (latitude e longitude) e a altitude de qualquer ponto na superfície terrestre.
Como é usado?
Entre os civis, o uso mais comum é em aplicativos de mapas e navegação, como Google Maps e Waze, e em serviços de transporte como Uber e 99, que utilizam o sistema para planejar rotas. Além disso, pilotos de aeronaves comerciais e particulares também empregam o GPS para navegação, planejamento de rotas e prevenção de colisões.
Outra aplicação amplamente reconhecida é o geotagging, que automaticamente adiciona etiquetas de localização às fotos e vídeos registrados. Embora tenha sido inicialmente adotado por fotógrafos profissionais, agora é padrão em câmeras de celulares associar as imagens a essas informações. Isso permite aos usuários encontrar fotos com base em suas localizações em aplicativos como o Google Fotos.
No campo científico, o GPS é empregado para mapeamento de terrenos, estudos climáticos, monitoramento de placas tectônicas (para identificação de terremotos) e do nível das marés, análise de padrões de migração e comportamento animal, entre outras aplicações. Já no âmbito militar, as forças armadas utilizam o sistema para navegação, posicionamento de tropas e veículos, logística, vigilância e operações de resgate.
As possibilidades de aplicação do GPS são vastas, variando de acordo com os objetivos e a criatividade de cada projeto. Algumas pessoas planejam rotas em mapas e registram seus movimentos durante caminhadas ou viagens para criar desenhos ou padrões geométricos. Por exemplo, um perfil no Instagram compartilha desenhos criados por corredores usando o aplicativo Strava.
Além disso, há usos incomuns do GPS, como o monitoramento de artefatos religiosos em igrejas (como um bebê Jesus em um presépio) para evitar roubos. Também existem pares de tênis que funcionam como tornozeleiras eletrônicas, alertando quando o usuário sai de um determinado perímetro. Outra prática interessante é o geocaching, uma espécie de caça ao tesouro tecnológica na qual os participantes se desafiam a encontrar pequenas caixas escondidas em diferentes lugares do planeta.
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*Com informações Terra Brasil