Brasil Investigação
STF autoriza depoimentos de representantes da X em inquérito sobre Musk
O bilionário lançou uma série de ataques ao ministro Alexandre de Moraes
17/04/2024 08h18
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concede autorização para medidas solicitadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no inquérito que investiga o proprietário da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, por obstrução à justiça e incitação ao crime.

A PGR busca esclarecimentos dos representantes do X no Brasil sobre se Musk ordenou a publicação de postagens em perfis suspensos por decisão judicial e sobre a possível liberação de perfis previamente suspensos por ordem judicial.

Na sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes autorizou as medidas solicitadas por estarem em conformidade com a investigação que analisa as ações de Elon Musk.

"Que sejam ouvidos para que possam dizer se a empresa realizou algum levantamento do bloqueio de perfil até agora suspenso por determinação judicial. Se isso ocorreu, que informem quem competente para tanto no âmbito da empresa determinou o ato. Da mesma forma, se houve levantamento do bloqueio determinado por ordem judicial em vigor, que informem quais os perfis proscritos que voltaram a se tornar operantes", diz trecho da decisão.

Relembre o caso

No início de abril, Elon Musk proferiu uma série de ataques ao ministro Alexandre de Moraes. O bilionário ameaçou desbloquear perfis suspensos por decisão judicial nos inquéritos que investigam a disseminação de desinformação nas redes sociais, além de chamar Moraes de "ditador". Essas ameaças e acusações provocaram reações do STF e do Congresso Nacional.

Musk também declarou que o ministro do STF "deveria renunciar ou ser alvo de impeachment" e que o X poderia deixar o Brasil. Ele afirmou: “Estamos levantando todas as restrições. Este juiz (Alexandre de Moraes) aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório de lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro”, disse.

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*Com informações Correio Braziliense