Em meio a críticas de ministros por suas articulações políticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu jornalistas em um café da manhã nesta terça-feira (23). Durante o encontro, Lula expressou otimismo em relação à economia para o ano de 2024, afirmando que ela crescerá mais do que o previsto pelos analistas econômicos. Destacou também a necessidade de uma definição clara entre gastos e investimentos no país.

Sobre a recente conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, Lula preferiu não entrar em detalhes: ‘Se eu tivesse uma reunião com Lira e quisesse que a imprensa soubesse, eu comunicaria. Quando eu fizer a reunião, comunicarei o assunto e o resultado da conversa. Não tive reunião com Lira, tive uma conversa. Não sou obrigado a dizer”, afirmou, entre sorrisos.

Quanto ao diálogo com o Congresso, Lula negou que haja problemas significativos, destacando conquistas como a aprovação da PEC da Transição antes mesmo de assumir a presidência. Ele enfatizou: “Eu sinceramente, não acho que a gente tenha problema no Congresso. Tem situações, coisas normais da política”.

Reforma tributária

Durante o café da manhã, o tema mais abordado foi o diálogo com o Congresso. O governo promete intensificar as conversas com parlamentares nos próximos dias para evitar contratempos fiscais na Casa Legislativa.

Nesta semana, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal estão examinando diversos projetos que podem ter impacto nos cofres públicos, incluindo a regulamentação da reforma tributária. Lula expressou sua intenção de manter os relatores da PEC aprovada sobre o assunto.

"Concluímos a proposta final da reforma tributária, a qual será encaminhada de acordo com a orientação do governo. No entanto, ao chegar à Câmara, poderá sofrer alterações. Seria ideal, para os interesses da Fazenda, manter o mesmo relator. Isso permitiria uma maior agilidade, uma vez que o relator já está familiarizado com o tema. No entanto, cabe ao presidente da Câmara indicar o relator, e não a mim", destacou o presidente.

Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), aliado do governo, atuou como relator da reforma tributária na Câmara. Quanto à sua continuidade nessa função, ainda não houve definição por parte de Arthur Lira. Por sua vez, no Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) optou por manter Eduardo Braga (MDB/AM) como relator.

Sobre a Petrobras e as especulações em torno do suposto processo de fritura do presidente da estatal, Jean Prates, o presidente foi questionado.

"Não vejo problemas na Petrobras. As divergências fazem parte da natureza humana. Às vezes, uma palavra mal colocada gera uma semana de especulações. Mas a Petrobras está tranquila", assegurou Lula.

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*Com informações Metrópoles