A Prefeitura Municipal de Campo Grande resolveus criar um novo Projeto de Revitalização no centro de Campo Grande, o investimento previsto no Plano de Desenvolvimento da Região Urbana do Centro é de R$ 1,192 bilhão, e deve ficar pronto em até 20 anos, conforme a minuta de projeto encaminhada à Câmara dos Vereadores para virar lei. Audiência pública realizada na sexta-feira (16) debateu o projeto que prevê fomentar a ocupação de áreas subutilizadas com moradias e a revitalização do comércio.
O Projeto seria perfeito se a prefeita Adriane Lopes não enfrentasse dificuldades em arcar com as despesas do município, como dívidas com empreiteira, que deixou a obra paralisada na Calógeras do Projeto "Reviva Campo Grande" por falta de pagamento, além da dificuldade em cumprir o acordo de reajuste salarial com os professores, que fizeram paralisações e greve neste último mês, na capital.
Falta de responsabilidade fiscal é um dos maiores problemas que assola as transições de governos e prefeituras pelo país, e quem arca com as consequências é a população, que na maioria das vezes não tem consciência do que ocorre nos bastidores. Adriane Lopes, deveria regularizar as contas da Casa e sanar a situações de urgência, como é o caso dos educadores, que enfrentam dificuldades para sustentar seus familiares, e muitos estão enfrentando problemas de saúde.
Projeto de Revitalização
O objetivo do mais novo Projeto é reverter a tendência de perda populacional e promover qualidade urbanística, ambiental e cultural e de vitalidade econômica da região central através de quatro eixos: habitação; desenvolvimento econômico; espaço público e mobilidade; e patrimônio cultural.
Na habitação, a perspectiva é promover a oferta de moradia de qualidade e a preço acessível para populações com renda média bruta mensal entre três e dez salários mínimos. Estima-se que, em 20 anos, ao menos 7.650 moradias sejam construídas ou disponibilizadas através de locação social.
No setor de desenvolvimento econômico, o foco é alcançar a consolidação da capital como centro regional de desenvolvimento através de corredores econômicos; arranjo produtivo local de prestação de serviços de saúde; qualidade do comércio e dos serviços turísticos da região; e investimento em atividades de inteligência e inclusão através de Parque Tecnológico e Criativo.
- Para o Plano promover e sustentar o adensamento populacional da Área Central como é seu objetivo central, no eixo Espaços Públicos e Mobilidade é importante oferecer uma rede de espaços de lazer próximos às unidades residenciais com atividades variadas e boa arborização e vegetação, de forma a suprir as necessidades de espaços abertos, de movimento, de contato com a natureza e contato humano que demandam áreas compactas das cidades.
No eixo de espaço público e mobilidade, estão previstas ações de fortalecimento para as seguintes áreas: praças Ary Coelho; do Rádio; Belmar Fidalgo; Praça Aquidauana; Praça dos Imigrantes; Horto Florestal; Orla Ferroviária; Praça Júlio Lugo, no Bairro São Francisco; Orla Morena; e Praça Cuiabá.
Dentro desses espaços de lazer, há a previsão de transformar 50% do terreno da antiga Pedreira Nasser, no Bairro São Francisco, em um novo Espaço Público de Lazer - EPS e, ainda, criar sistema de aluguel de bicicleta, “criando alternativas de deslocamento dentro da região central, promovendo a intermodalidade, sobretudo entre transporte coletivo e bicicleta, bem como proporcionando uma atração ao turismo local”.
Por fim, no setor de patrimônio cultural, visa promover ações que viabilizem a preservação, proteção e conservação dos bens culturais, contribuindo para a requalificação e facilitação para novos usos. Espera-se nessa esfera que, em dez anos, “sejam desenvolvidas ações para a promoção do reconhecimento e resgate do sentimento de pertencimento ao patrimônio cultural da cidade; e a longo prazo sejam interrompidos o processo de perda dos bens de relevância como patrimônio cultural, sejam eles caraterizados como patrimônio material e/ou imaterial”.
Nessa linha estão previstas promoção de tombamento dos bens culturais de natureza material; estudo de viabilidade da utilização e ocupação dos imóveis para fins habitacionais e de serviços (exceto estacionamento); regulamentação da Lei n.° 341/18 que prevê a redução de alíquotas e incentivo fiscal aos proprietários de bens culturais imóveis; promoção de ações voltadas ao fomento do Turismo Cultural, entre outros.