Saúde Gripes
Sobrecarga nos prontos-socorros de Campo Grande: surto de síndromes respiratórias aumenta a demanda
Especialistas sugerem focar em medidas preventivas, como o uso de máscaras, práticas de higiene adequadas e a ventilação de ambientes fechados.
25/04/2024 08h48
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Campo Grande enfrenta uma crise nos serviços de saúde com a superlotação dos prontos-socorros, tanto na rede pública quanto na privada, devido a um surto generalizado de síndromes gripais. Com a chegada dos meses mais frios, quando essas doenças costumam se intensificar, a situação torna-se ainda mais preocupante.

A cidade enfrenta diversos desafios que contribuem para essa crise, desde a falta de imunização adequada até questões culturais que exacerbam a propagação viral em ambientes fechados. A baixa imunização contra a influenza é alarmante, com apenas 14% do público-alvo imunizado na capital sul-mato-grossense.

A sobrecarga nos serviços de urgência é tão grave que levantou especulações sobre a suspensão das aulas municipais como medida preventiva para conter a disseminação viral. No entanto, essa solução levanta questões complexas, como a falta de opções de cuidados para as crianças enquanto os pais trabalham.

Em vez disso, especialistas sugerem focar em medidas preventivas, como o uso de máscaras, práticas de higiene adequadas e a ventilação de ambientes fechados. Além disso, a vacinação contra a influenza é fundamental para proteger a população contra os principais vírus em circulação.

Embora haja um aumento nos casos de síndromes respiratórias, é importante observar que, neste ano, a maioria dos casos é moderada e não resulta em internações graves como no ano passado. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde está em negociação para expandir os leitos pediátricos na Santa Casa, devido ao aumento de casos em crianças.

Para lidar com essa crise de saúde pública, é essencial uma abordagem coordenada entre as autoridades de saúde, profissionais médicos e a comunidade em geral. Somente através de esforços conjuntos e medidas preventivas adequadas poderemos superar esse desafio e garantir a saúde de todos os cidadãos de Campo Grande.

Vacinação

De acordo com o sistema de monitoramento da Sesau, foram registrados, entre março e abril, 164 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em crianças com menos de 1 ano e mais 123 casos em crianças até 4 anos. Em termos percentuais, isso significa que crianças até 4 anos representam 41,7% dos casos de SRAG registrados na rede pública de Campo Grande este ano.

A vacina contra a influenza disponibilizada na rede pública é trivalente, ou seja, contém três tipos de cepas de vírus combinadas - A (H1N1), A (H3N2) e B (linhagem B/Victoria) - oferecendo proteção contra os principais vírus em circulação no Brasil.

É importante destacar que a vacina contra a influenza pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. Em Mato Grosso do Sul, o público-alvo é composto por 1.148.407 pessoas, e a imunização é uma medida fundamental para proteger a população contra a gripe e suas complicações, especialmente durante o surto de síndromes respiratórias.

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