No Brasil, 8,6 milhões de indivíduos enfrentam insegurança alimentar severa, o que significa que não têm acesso a alimentos diariamente. Essa parcela equivale a 4% da população brasileira, estimada atualmente em 216,1 milhões. Os números são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre Segurança Alimentar, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (25).
Desse total, 7 milhões de pessoas vivem em áreas urbanas e 1,6 milhão em territórios rurais.
De acordo com o levantamento, houve uma redução no número de pessoas nesta condição nos últimos cinco anos. Em 2018, a Pesquisa de Orçamentos Familiares apontou que 10,3 milhões de brasileiros estavam nessa situação. Em contrapartida, em 2013, esse número era de 7,2 milhões de pessoas vivendo sem acesso diário a alimentos.
Segundo o IBGE, a segurança alimentar é caracterizada pelo acesso constante e adequado a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem prejudicar o acesso a outras necessidades básicas. Por outro lado, a insegurança alimentar é dividida em três níveis - leve, moderado e grave - da seguinte forma:
• Insegurança alimentar leve: Caracteriza-se pela preocupação em garantir acesso aos alimentos no futuro, acompanhada pela redução na qualidade dos alimentos devido a estratégias adotadas para não comprometer a quantidade de comida consumida.
• Insegurança alimentar moderada: Refere-se à situação em que os membros da família, especialmente os adultos, enfrentam restrições quantitativas de alimentos.
• Insegurança alimentar grave: É caracterizada pela redução na quantidade de alimentos disponíveis, afetando até mesmo as crianças. Nesse estágio, todos os membros do domicílio enfrentam uma privação severa na ingestão de alimentos, podendo levar à condição mais extrema, a fome.
Conforme o estudo, a região Norte apresenta a maior proporção de domicílios com algum tipo de insegurança alimentar, totalizando 7,7%. Em seguida, o Nordeste registra 6,2% das residências com acesso insuficiente à alimentação. Na sequência, estão o Centro-Oeste (3,6%), Sudeste (2,9%) e Sul (2%).
No total, 64,1 milhões de brasileiros (correspondendo a 29,7% da população) lidam com algum grau de insegurança alimentar. Esse dado reflete uma redução nos últimos cinco anos.
Em 2018, a Pesquisa de Orçamentos Familiares revelou que 84 milhões de pessoas (representando 41% da população) enfrentavam essa realidade, enquanto 10,3 milhões não tinham acesso diário aos alimentos.
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