Com o expressivo crescimento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Campo Grande, a Secretaria de Saúde (Sesau) está considerando decretar emergência de saúde. O objetivo é alertar a população sobre o aumento das doenças respiratórias e orientar sobre os cuidados necessários para evitar o agravamento dos casos.

Nesta terça-feira (30), a secretária Rosana Leite reuniu-se com vereadores na Câmara Municipal para discutir a situação. A avaliação para o decreto de emergência está sendo conduzida pelo COI-SRAG (Conselho de Operações de Emergência), recém-ativado.

"Esta medida busca mitigar e prevenir, para que a população esteja plenamente consciente. Os postos de saúde estão sobrecarregados, com espera média de duas a três horas para atendimento. Devido a essa situação, instalamos o COE - Centro de Operações de Emergência, em parceria com hospitais e Organizações Sociais (OS), para garantir atendimento à população", explicou a secretária.

Embora o cenário seja menos grave do que no ano anterior, há um aumento significativo nos casos de internação de crianças. Para evitar filas de espera, a Sesau está negociando a abertura de 10 leitos na Santa Casa. Segundo a Sesau, são regulados 120 pacientes por dia, sendo 20% deles crianças.

Aberta de novos leitos

Em entrevista na segunda-feira (29), a Sesau revelou que está em uma corrida contra o tempo para abrir novos leitos.

Segundo a secretária de Saúde, Rosana Leite, houve um aumento "exorbitante" nos casos de SRAG na última semana em Campo Grande. "Nossos hospitais estão lotados, e a maioria dos pacientes são crianças. Nossas UPAs, hoje, estão funcionando como verdadeiros pequenos hospitais", explicou.

Em Mato Grosso do Sul, já foram registradas 5 mortes por Influenza em 2024. A secretaria está trabalhando para viabilizar a abertura de novos leitos pediátricos na Santa Casa, mas enfrenta desafios relacionados aos recursos humanos. A instituição indicou a disponibilidade de cerca de 10 leitos.

A secretaria também enfatiza a importância das medidas para prevenir a propagação da gripe. "Neste aumento de casos respiratórios, é fundamental adotar medidas não farmacológicas, como uso de máscara, lavagem das mãos e evitar sair com bebês muito pequenos", ressaltou.

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*Com informações Midiamax