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Pacheco diz que o RS é “incapaz" de manter pagamentos à União
O governador solicita suspensão das obrigações financeiras para priorizar operações
07/05/2024 10h59
Por: Tatiana Lemes

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), emitiu um alerta contundente nesta terça-feira (7), declarando ser “impossível” que o Rio Grande do Sul continue honrando o pagamento de sua dívida colossal de R$ 3,5 bilhões com a União. Este pronunciamento surge em meio à devastação desencadeada por chuvas históricas que já ceifaram a vida de 85 pessoas, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.

Pacheco delineou duas propostas distintas em resposta à crise iminente. A primeira, delineada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promete uma medida econômica específica para o Estado gaúcho, aliviando momentaneamente sua situação financeira. O senador mineiro descreveu essa abordagem como uma necessidade urgente diante das situações resolvidas pelo Rio Grande do Sul.

O segundo plano, considerado mais "estruturante", propõe uma regularização das dívidas de outros Estados, numa tentativa de abordar a questão de forma mais abrangente. Pacheco ressaltou a impossibilidade prática de exigir que o Rio Grande do Sul mantenha pagamentos regulares de sua dívida no cenário atual de recuperação fiscal.

“Evidentemente, não se pode ignorar a magnitude do desastre enfrentado pelo Estado. É crucial que o governo federal apresente propostas que apresentem um rompimento imediato à população gaúcha”, afirmou Pacheco em entrevista à GloboNews.

O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), endossou um pedido de suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida estadual com a União durante o período de permanência pós-desastre. A medida visa direcionar recursos cruciais para os esforços de recuperação e mitigação dos danos causados ​​pelas chuvas.

Além disso, Pacheco destacou que o plano elaborado por Haddad deve contemplar isenções econômicas para os setores mais afetados pelas chuvas.

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