O Rio Grande do Sul iniciou a semana em estado de alerta máximo devido ao volume das chuvas que assolam a região, levando ao crescimento elevado do nível dos rios e aumentando o risco de deslizamentos e inundações. No Vale do Taquari e às margens do Guaíba, a expectativa é de que os níveis ultrapassem novamente os 5,5 metros nas próximas 24 horas, podendo resultar em outra cheia histórica.
Em entrevista à Globonews na manhã desta segunda-feira (13), o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), expressou preocupação com a possibilidade de mais destruição nas próximas horas diante do cenário desafiador. O boletim mais recente da Defesa Civil estadual aponta um aumento para 147 mortes, com 447 municípios afetados pelas chuvas e enchentes, deixando mais de 500 mil pessoas desalojadas.
O estado também foi atingido por dois tornados com o avanço da frente fria, resultando em um total de 76 mil pessoas resgatadas e 127 ainda desaparecidas. Apesar disso, não há óbito em investigação, conforme informado no boletim. As chuvas causaram ferimentos em 806 pessoas.
Diante da iminente ameaça de novas inundações, foram erguidas barricadas na orla do Guaíba, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, para conter o avanço das águas.
O estado corre contra o tempo para reconstruir a infraestrutura danificada e conter as inundações. O vice-governador ressaltou a importância do repasse de recursos do governo federal e a flexibilização no pagamento da dívida do estado com a União, estimada em cerca de R$ 90 bilhões, para viabilizar essas ações emergenciais.
Na última quinta-feira (9), o governo anunciou a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, auxílio gás e da restituição do Imposto de Renda para os moradores do estado, buscando oferecer suporte às famílias afetadas pelos desastres naturais.
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*Com informações Metrópoles