Uma investigação conduzida pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que parte do crédito anunciado por Dilma Rousseff, presidente do Banco dos Brics (Novo Banco de Desenvolvimento), para o Rio Grande do Sul, já havia sido aprovado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Estado, que enfrenta uma tragédia climática com mais de 150 mortos, aguardava apoio financeiro para sua reconstrução.
Recentemente, Dilma Rousseff tentou mostrar proatividade ao anunciar a "liberação" de seis operações de crédito do NBD, totalizando US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) destinados à reconstrução do Estado. No entanto, investigações revelaram que quatro dessas operações já haviam sido planejadas e aprovadas entre 2020 e 2022, sob a gestão de Marcos Troyjo, então presidente da instituição.
Essas operações, que totalizam US$ 620 milhões (R$ 3,2 bilhões), envolvem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Além disso, uma quinta operação, no valor de US$ 295 milhões (R$ 1,52 bilhão), destinada ao BRDE, não consta na lista de projetos em elaboração ou já aprovados pelo NBD.
A sexta operação, de US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão), tem como banco captador o próprio NBD, levantando dúvidas sobre a viabilidade e o propósito dessa transação. A complexidade do processo de prospecção, elaboração e aprovação de projetos pelo NBD, similar ao de outros bancos multilaterais, envolve análise técnica, financeira e a exigência de garantias do Tesouro Nacional.
Embora Dilma Rousseff tenha assumido a presidência do Banco dos Brics em março de 2023, ainda não foram aprovados novos projetos que atendam às necessidades do Brasil, especialmente do Rio Grande do Sul. O processo de aprovação desses projetos ainda requer o aval do Senado, o que indica que o apoio financeiro anunciado pela ex-presidente ainda não se concretizou.
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*Com informações Terra Brasil