A expectativa em torno da votação do projeto de lei que institui o programa Mover, na Câmara dos Deputados, foi frustrada mais uma vez devido à falta de consenso entre líderes partidários. O relator do projeto, deputado Átila Lira (PP-PI), anunciou o adiamento da discussão, que estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira (22).
O impasse surgiu em meio à divergência entre os líderes da base governista, da oposição e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo Átila Lira, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), solicitou mais tempo para dialogar e buscar um consenso sobre a proposta.
Inicialmente, Guimarães havia manifestado que a prioridade do governo seria votar o Mover na terça-feira (21). No entanto, após orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele pediu mais tempo para discutir a matéria com as demais lideranças.
Após uma reunião do colégio de líderes, ficou decidido que a análise do projeto seria adiada para esta quinta-feira (23). O relator expressou seu desejo de que a votação ocorra sem mais contratempos, evitando possíveis entraves no Senado.
Um ponto de destaque na discussão é a inclusão de uma emenda no projeto, proposta pelo próprio relator, que prevê a taxação das importações do comércio eletrônico no valor de até US$ 50. Essa medida, apesar de contar com o apoio do presidente da Câmara, gerou discordâncias na base governista, que alega não ter sido consultada previamente sobre essa inclusão.
Átila Lira justifica a inserção da emenda como forma de evitar um possível desequilíbrio em relação à indústria nacional, mas a controvérsia em torno desse ponto promete continuar a marcar o debate em torno do programa Mover.
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*Com informações CNN