Nesta quarta-feira (29), o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) anunciaram o lançamento de uma campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. O foco principal da ação é alertar sobre os riscos associados ao uso desses dispositivos, especialmente entre crianças e adolescentes, visando à proteção das novas gerações contra a influência da indústria do tabaco.
Segundo dados apresentados pela pasta, crianças e adolescentes que experimentam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros convencionais mais tarde na vida. A campanha, lançada em consonância com o Dia Mundial Sem Tabaco 2024, que ocorre nesta sexta-feira (31), tem como objetivo promover uma mudança de comportamento e conscientizar sobre as táticas da indústria do tabaco para atrair esse público mais jovem.
Prevalência e riscos
De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2019, cerca de 16,8% dos estudantes brasileiros com idades entre 13 e 17 anos já haviam experimentado cigarros eletrônicos. A variação regional foi significativa, com uma maior experimentação nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
O ministério ressalta que os dispositivos eletrônicos para fumar, que incluem os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, contêm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, representando riscos para a saúde tanto dos usuários diretos quanto daqueles expostos aos aerossóis.
Legislação e medidas
A Anvisa proibiu a comercialização, a fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009. Recentemente, em abril deste ano, a agência reforçou a legislação, proibindo ainda a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.
A iniciativa conjunta entre o Ministério da Saúde, o Inca e outras entidades busca sensibilizar a população sobre os perigos do uso de cigarros eletrônicos, enfatizando os riscos à saúde, especialmente entre os mais jovens. A proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco permanece como um dos principais objetivos no combate ao tabagismo precoce e suas consequências para a saúde pública.
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*Com informações Acorda DF