O embate político em torno do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) atinge um novo patamar com a recente nomeação do grupo para participar das discussões sobre o Plano Safra da Agricultura Familiar (Pronaf) 2024/2025. Enquanto o governo Lula busca uma maior integração do movimento no Estado, o Congresso Nacional reforça medidas para conter sua influência.
A mais recente medida da gestão petista em prol do MST foi a inclusão do movimento em um grupo de entidades convocadas para debater o Pronaf, programa que disponibilizará mais de R$ 70 bilhões para pequenos agricultores. A portaria que instituiu a criação da equipe de trabalho ressalta "a relevância das organizações representativas da agricultura familiar" no fortalecimento deste segmento.
Junto ao MST, outras entidades que compartilham de sua visão, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (Contaf) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), também farão parte do grupo de trabalho.
Enquanto isso, o Congresso Nacional segue em sua tentativa de conter o apoio do governo Lula ao movimento. Na última terça-feira (28), os parlamentares federais derrubaram um veto do presidente e retomaram a proibição de despesas da União que promovam, incentivem ou financiem invasões ou ocupações de propriedades rurais privadas.
Esse embate reflete não apenas questões políticas e ideológicas, mas também a luta pela definição dos rumos da política agrícola e do papel do Estado na promoção da agricultura familiar no país. Enquanto o governo busca uma maior participação e integração do MST, o Congresso reforça medidas para restringir sua atuação e influência, evidenciando um conflito de interesses que continua a marcar o cenário político brasileiro.
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*Com informações Pleno News