O jornal O Estado de São Paulo emitiu críticas contundentes ao tom adotado pela ministra Cármen Lúcia em seu discurso de posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacando sua visão sobre as próximas eleições e a liberdade de expressão.
No editorial intitulado "Cármen Lúcia e a Eleição Como Juízo Final", o Estadão questiona a postura da ministra, caracterizando seu discurso como escatológico e exaltado, sugerindo uma abordagem que transformaria o TSE em um "tribunal da verdade". A ministra foi criticada por usar termos como "mentira", "ódio" e "medo" em seu pronunciamento, além de não abordar mecanismos de cooperação com instituições independentes e plataformas digitais para combater a desinformação.
O jornal defende a liberdade de expressão como o principal ativo contra a desinformação e destaca a importância de informações corretivas e a cooperação com fontes confiáveis. No entanto, ressalta a tendência crescente do Judiciário em arbitrar o que pode ou não ser dito, citando exemplos recentes de remoção de conteúdos sem aval do Ministério Público.
Ao final, o Estadão contrasta a posição de Cármen Lúcia em 2022, quando apoiou a censura prévia de um documentário, com sua postura em 2015 ao votar a favor da publicação de biografias não autorizadas, destacando a mudança de perspectiva da ministra em relação à liberdade de expressão.
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