O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou o presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, e mais 11 pessoas por uma série de crimes, incluindo integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais. Cezário está detido desde a deflagração da Operação Cartão Vermelho, em 21 de maio.
Os demais acusados também enfrentam uma série de acusações relacionadas ao esquema de desvios. Entre eles estão Aparecido Alves Pereira, Francisco Carlos Pereira, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira, Umberto Alves Pereira, Valdir Alves Pereira, Rudson Bogarim Barbosa, Jamiro Rodrigues de Oliveira, Marco Antônio Tavares, Marcos Paulo Abdalla Tavares, Marco Antônio de Araújo e Luiz Carlos de Oliveira.
Conforme a denúncia, baseada nas investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o montante desviado pelo grupo de Cezário superou os R$ 6 milhões inicialmente apurados, podendo ultrapassar os R$ 10 milhões. O MPMS pede uma reparação de danos no valor de R$ 20 milhões, sendo metade para reparar os prejuízos à FFMS e o restante por danos morais coletivos.
O advogado de defesa de Cezário, André Borges, declarou: “Defesa no momento está concentrada na obtenção da liberdade; logo adiante Cezário se defenderá e terá muito a dizer e comprovar”. A Justiça negou pela segunda vez o pedido de liberdade do presidente afastado da FFMS.
O grupo liderado por Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar a atenção dos órgãos de controle, desviando mais de R$ 6 milhões entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos mais de R$ 800 mil, incluindo notas de dólar, além de um revólver e munições. O esquema se estendia a outras empresas e incluía também o desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.
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*Com informações Midiamax