Mato Grosso do Sul Desvio de dinheiro
Justiça bloqueia mais de R$ 103 milhões em bens de Claudinho Serra e outros envolvidos em esquema de corrupção
Operação Tromper atinge vereador licenciado e genro da prefeita de Sidrolândia, além de 27 empresas e pessoas ligadas a desvios de recursos públicos
12/06/2024 09h22
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 103.340.395,51 de réus e empresas envolvidos na 3ª fase da Operação Tromper, que investiga um esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia. O principal implicado é o vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB), genro da prefeita Vanda Camilo (PP). Além do bloqueio de contas, vários veículos foram restringidos, aumentando o valor total dos bens bloqueados.

No total, 18 pessoas e 9 empresas tiveram contas e bens sequestrados. Claudinho Serra teve o maior valor bloqueado, R$ 12,5 milhões. Entre outros réus destacados estão o empresário Carmo Name Júnior, com R$ 12,3 milhões, e Cleiton Nonato Correia, com R$ 11,9 milhões.

Detalhes dos Bloqueios:

Outros envolvidos tiveram valores menores bloqueados, mas ainda significativos, com restrição de diversos veículos.

Empresas Envolvidas:

Investigação e Afastamento

Claudinho Serra, acusado de ser o mentor do esquema, foi preso por 23 dias e está sob monitoramento eletrônico. Ele solicitou afastamento das atividades na Câmara Municipal por 120 dias para tratar de "interesse particular", sem remuneração.

Denúncia e Processo

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apresentou a denúncia contra Serra e outros 21 réus, incluindo ex-assessores parlamentares, empresários e servidores públicos. O juiz aceitou a denúncia, destacando provas da materialidade dos crimes e indícios suficientes da autoria.

Contexto e Desdobramentos

A Operação Tromper continua em andamento, com a Justiça e o MPMS atuando para desarticular a rede de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia. As medidas cautelares e bloqueios visam garantir a recuperação dos recursos públicos desviados e a responsabilização dos envolvidos.

A prefeita Vanda Camilo, sogra de Serra, ainda não foi diretamente implicada nas investigações, mas a proximidade familiar levanta questões sobre o alcance da corrupção dentro da administração municipal.

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*Com informações Midiamax