Após a intensa repercussão provocada pelo projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio após 22 semanas de gestação, integrantes do governo federal reconheceram, em conversas reservadas com líderes petistas, que houve um “erro estratégico” na abordagem do tema. Segundo informações obtidas pelo blog de Clarissa Oliveira da CNN Brasil, representantes do PT manifestaram insatisfação com dois pontos específicos: o apoio de parlamentares petistas ao acordo que acelerou a votação do texto e o silêncio inicial dos membros do governo após a aprovação.

Apesar do desgaste inicial, a avaliação corrente tanto no PT quanto no governo é de que a crise está agora “superada”. Um líder petista com acesso ao Palácio do Planalto afirmou que a decisão da Câmara dos Deputados de adiar a discussão para o segundo semestre tende a diminuir gradualmente o fervor do debate em torno do projeto.

O projeto de lei em questão gerou controvérsias significativas desde sua introdução, especialmente entre grupos pró e contra o direito ao aborto. Com o adiamento da discussão para o segundo semestre, espera-se que tanto o governo quanto o PT busquem recompor eventuais atritos e estratégias políticas, visando mitigar futuros impactos negativos decorrentes da abordagem inicial do tema.

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