Política Decreto
Presidente Lula aprova decreto para meta contínua de inflação a partir de 2025
Mudança visa maior estabilidade econômica com alvo de 3% e intervalo de 1,5 ponto percentual
26/06/2024 09h56
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu seu aval nesta terça-feira (25) para o decreto que estabelece o regime de meta contínua de inflação a partir de 2025, com um objetivo central fixado em 3%. A decisão, que será publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (26), foi tomada durante reunião no Palácio do Planalto com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a ministra interina da Casa Civil, Miriam Belchior, além do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, a publicação do decreto antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), agendada para esta quarta-feira das 15h às 17h, permitirá que o colegiado fixe oficialmente a meta de inflação em 3%. A transição para o regime de meta contínua representa uma alteração significativa no monitoramento da inflação no Brasil, alinhando-se a práticas adotadas internacionalmente.

A mudança implica que o Banco Central deverá monitorar constantemente a inflação em relação à meta estabelecida, em vez de focar apenas no resultado anual. Este modelo, já utilizado por muitos países com sistemas de metas de inflação, visa proporcionar maior previsibilidade econômica e permitir ajustes mais ágeis nas políticas monetárias.

Até então, o Brasil adotava o sistema de meta de inflação anual, onde o cumprimento era avaliado ao final de cada ano-calendário. Com a nova regulamentação, o Banco Central terá a responsabilidade contínua de buscar manter a inflação próxima ao alvo estabelecido ao longo de todo o período.

A expectativa é que a medida contribua para fortalecer a estabilidade econômica do país, permitindo uma gestão mais eficaz das políticas monetárias e oferecendo maior transparência aos agentes econômicos sobre as expectativas inflacionárias de longo prazo.

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*Com informações Agência Estado