O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (26/6) que ainda não sabe se será necessário cortar gastos para equilibrar as contas públicas, mas descartou categoricamente a possibilidade de reduzir o salário mínimo para esse fim. Em entrevista ao site Uol, o presidente também negou a chance de mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas pensões do mínimo.

“Não considero isso gasto, gente, pelo amor de Deus. A palavra ‘salário mínimo’ é o mínimo e o ‘minimório’ que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara, eu não vou para o céu. Eu ficaria no purgatório,” declarou Lula.

A valorização do salário mínimo acima da inflação é uma das bandeiras de campanha e governo do petista. “Nós queremos fazer política de inclusão social que permita que as pessoas tenham oportunidade de crescer. O que nós precisamos é o seguinte: o gasto está sendo bem feito? O dinheiro está sendo utilizado para alguma coisa que vai melhorar o futuro deste país? Eu acho que está,” afirmou.

Segundo o presidente, o problema não é necessariamente cortar gastos, mas sim determinar se os cortes são realmente necessários ou se é possível aumentar a arrecadação. “Temos que fazer essa discussão,” enfatizou Lula.

O presidente também falou sobre a importância de repartir as igualdades de condições. “Você acha que eu quero que empresário dê prejuízo? Eu não sou doido. Porque se ele der prejuízo, eu vou perder meu emprego. Eu quero que o empresário tenha lucro,” disse Lula, destacando a importância de um equilíbrio econômico que beneficie tanto trabalhadores quanto empresários.

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