O delegado Rivaldo Barbosa, réu preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deixou um recado escrito à mão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, onde contesta as acusações que pesam sobre ele. No documento, anexado ao processo na última segunda-feira (24/6), Rivaldo declara que nunca teve contato com os demais denunciados e argumenta sobre provas técnicas que, segundo ele, desmentem as acusações.

O recado foi inserido no mandado de citação, que oficializa Rivaldo como réu no processo criminal. Nele, o delegado afirma que o Inquérito 901-00266-19 possui elementos que contradizem a versão apresentada pelo assassino da vereadora Marielle e do motorista Anderson. Além disso, Rivaldo cita uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, segundo ele, comprova que não participou das investigações, conforme alegado.

A defesa de Rivaldo Barbosa baseia-se na existência de um inquérito de 2019 que teria sido conduzido durante sua gestão como chefe de Polícia, focando nas quebras de sigilo telemático dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, também denunciados pelo homicídio de Marielle. A decisão do STJ em maio de 2020, que rejeitou o incidente de deslocamento de competência para federalizar o caso, também é citada como prova de sua não participação direta na investigação.

Os réus no caso incluem além de Rivaldo Barbosa, os irmãos Brazão, o delegado e o policial militar Ronald Paulo de Alves Pereira, acusados de envolvimento na execução de Marielle e Anderson. O atirador responsável, Ronnie Lessa, e o motorista do veículo, Élcio de Queiroz, já confessaram suas participações no crime durante investigações conduzidas pela Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro.

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*Com informações Metrópoles